A
dengue é considerada uma importante doença que afeta principalmente as regiões
tropicais do planeta, causando milhões de infectados por esse vírus e dezenas
de milhares de mortes todos os anos. O Brasil está localizado dentro dessa zona
tropical, sendo tido como um dos países mais endêmicos dentre todos os que
registram a doença.
Contudo, exames para a
detecção da dengue ainda não são acessíveis para grande parte da população ou
encontram dificuldades para a realização do diagnóstico precoce. Atualmente, o
teste mais utilizado no Brasil só pode detectar a doença a partir do sexto dia,
o que pode confundi-la com outras enfermidades e atrapalhar no tratamento
adequado.
A
partir disso, visando o barateamento do exame e a detecção precoce da dengue,
pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos da Universidade de São Paulo
(USP), coordenados pelo professor Francisco Eduardo Gontijo Guimarães, criaram
um aparelho que é capaz de diagnosticar o paciente em apenas 20 minutos e
transmitir o resultado em tempo real para a visualização em um celular ou
notebook.
O dispositivo é
equipado com uma membrana metálica, onde são postos anticorpos específicos à
proteína NS1, secretada na corrente sanguínea do hospedeiro pelo vírus da
dengue nos primeiros dias de infecção. Ao entrar em contato com o sangue
infectado, os anticorpos presentes no biossensor interagem com a proteína NS1,
gerando um sinal elétrico e confirmando o diagnóstico.
O projeto encontra-se
em etapa final de execução e deve ser introduzido em breve no mercado. Com esse
novo teste, espera-se ampliar o acesso
ao diagnóstico precoce da dengue e a possibilidade de sua aplicação até mesmo
nas regiões mais isoladas do país.
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