Estudos realizados em
animais demonstrou que introduzir um gene específico no músculo cardíaco
poderia contribuir para que um coração debilitado batesse mais forte. Segundo
os especialistas esse procedimento poderia, em um futuro distante, substituir
os marca-passos eletrônicos utilizados atualmente.
Segundo o cientista
responsável pela pesquisa, Eduardo Marban, nessa nova era de tratamentos
genéticos os gente não são usados unicamente para corrigir uma doença, eles
passam a ser incentivadores de mutações celulares que irão tratar a doença.
Essa é a primeira vez que a técnica é utilizada para reprogramar uma célula
cardíaca.
O tratamento consiste na
introdução de um gene, o TBX18, em uma área do tamanho de um grão de pimenta
nas câmaras responsáveis pelo bombeamento do coração. O gene faz com que as
células normais do coração se transformem em células sinoatriais, assim cria-se
um novo nó sinotrial que é responsável por gerar o impulso que origina os
batimentos cardíacos. Esse recém-criado nó assume a função de marca-passo.
O procedimento foi testado
em porcos que sofriam de um grave problema que afeta o sistema elétrico do
coração e provoca batidas irregulares. O gene foi introduzido através de um
cateter sem necessidade de uma cirurgia, no dia seguinte os porcos apresentaram
batidas cardíacas mais rápidas do que as dos animais que não foram submetidos
ao tratamento.
Os indivíduos que mais se
beneficiariam dessa técnica seriam 2% de pacientes com marca-passo que acabaram
por desenvolver infecções ou fetos portadores de bloqueio cardíaco congênito.
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