segunda-feira, 28 de julho de 2014

Membrana dessaliniza água do mar e purifica gás natural



Atualmente, o consumo de água doce no mundo cresce em ritmo acelerado, e a dessalinização da água do mar se apresenta como uma saída para que a humanidade possa suprir a necessidade desse bem.

Entretanto, pesquisadores do Departamento de Química da USP de Ribeirão Preto desenvolveram uma membrana semipermeável, constituída por folhas poliméricas da ordem de angstroms (10-10 metros), capaz de separar o sal da água do mar a partir de minúsculos poros que fazem a filtragem da água.

A membrana pode ser feita a partir de três tipos de polímeros, o poliuretano (PU), policloreto de vinila (PVC) ou fluoreto de polivinilideo (PVDF) e a dessalinização é feita a partir do processo de filtragem. São incluídos nos poros da membrana moléculas conhecidas como “cavitandos”, que permitem a passagem de moléculas pequenas como a da água, retendo, assim, o sal.

Ao contrário de outras técnicas utilizadas hoje em dia, a dessalinização da água do mar feita a partir de membrana semipermeável é simples, barata e não utiliza uma grande quantidade de equipamentos como evaporadores e condensadores.

Outras aplicações são dadas ao nanofiltro, como a purificação de gases, realizada com o gás natural. Quando extraído, em poços de alta pressão, além do gás natural, estão presentes também algumas impurezas e gás carbônico. A membrana é capaz de separar as impurezas e o gás natural do gás carbônico, pois esses apresentam permeabilidades diferentes.

A membrana apresenta um baixo custo de produção, é reciclável pois é lavável, apresenta resistência a produtos químicos e é flexível. Sua patente já foi realizada pela Agência USP de Inovação e está disponível para licenciamento.

Para saber mais, clique aqui.

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