Atualmente, o consumo de água doce no mundo cresce em ritmo
acelerado, e a dessalinização da água do mar se apresenta como uma saída para
que a humanidade possa suprir a necessidade desse bem.
Entretanto, pesquisadores do Departamento de Química da USP
de Ribeirão Preto desenvolveram uma membrana semipermeável, constituída por
folhas poliméricas da ordem de angstroms (10-10 metros), capaz de separar o sal da água do
mar a partir de minúsculos poros que fazem a filtragem da água.
A membrana pode ser feita a partir de três tipos de
polímeros, o poliuretano (PU), policloreto de vinila (PVC) ou fluoreto de
polivinilideo (PVDF) e a dessalinização é feita a partir do processo de
filtragem. São incluídos nos poros da membrana moléculas conhecidas como “cavitandos”,
que permitem a passagem de moléculas pequenas como a da água, retendo, assim, o
sal.
Ao contrário de outras técnicas utilizadas hoje em dia, a
dessalinização da água do mar feita a partir de membrana semipermeável é
simples, barata e não utiliza uma grande quantidade de equipamentos como
evaporadores e condensadores.
Outras aplicações são dadas ao nanofiltro, como a
purificação de gases, realizada com o gás natural. Quando extraído, em poços de
alta pressão, além do gás natural, estão presentes também algumas impurezas e
gás carbônico. A membrana é capaz de separar as impurezas e o gás natural do
gás carbônico, pois esses apresentam permeabilidades diferentes.
A membrana apresenta um baixo custo de produção, é
reciclável pois é lavável, apresenta resistência a produtos químicos e é flexível.
Sua patente já foi realizada pela Agência USP de Inovação e está disponível para
licenciamento.
Para saber mais, clique aqui.
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