Cientistas tem desenvolvido uma
nova técnica capaz de traçar a “historia de vida” de células de um indivíduo,
desde quando o mesmo ainda era um zigoto, ou seja, desde o momento em que há a
fecundação dos gametas masculino e feminino. Observando a cópia do genoma
humano presente em células saudáveis, eles dizem serem capazes de montar uma
imagem do desenvolvimento de cada célula desde sua fase no embrião até se
tornar parte de um órgão adulto.
Mais especificamente, observando os números e tipos de mutações
no DNA celular, os pesquisadores foram capazes de avaliar se a célula se
dividiu poucas ou muitas vezes e detectar traços genéticos do processo de dano
e reparo do DNA as quais as células tem sido expostas durante a vida do
indivíduo. Além disso, comparando cada mutação celular com outras células do
corpo permitiram os cientistas mapear detalhadamente o desenvolvimento do
zigoto.
“Com essa nova abordagem, nós
podemos analisar criteriosamente o desenvolvimento de um organismo,” afirma Sam
Behjati, do Wellcome Trust Sanger Institute. “Se nós podemos entender melhor
como células saudáveis se transformam conforme se dividem ao longo da vida de
uma pessoa, nós ganharemos compreensão fundamental no que pode ser considerado
e como se difere do que vemos em células cancerígenas”.
Cientista estudaram ainda células do estomago, intestino delgado,
intestino grosso e próstata de ratos. As células isoladas foram cultivadas para
produzir DNA suficiente para ser sequenciado. Eventualmente, a técnica de sequenciamento
de células isoladas desenvolverá tanto que esse tipo de experimento poderá ser
conduzindo usando apenas uma célula, de acordo com Dr. Behjati. Entretanto, as
pequenas quantidades de DNA em células isoladas significa que as informações da
mutação podem não ser precisas o suficiente para reconstruir estudos precisos
do gene.
"Foram observadas diferenças entre os tecidos nos números e
tipos de mutações acumuladas por cada célula, o que provavelmente refletem
diferenças no número de divisões celulares que foram submetidos e variadas
contribuições de diferentes processos de mutação. Se as taxas de mutação de
células somáticas, isto é, de células que não estão diretamente ligadas à
reprodução do indivíduo, são semelhantes às de ratos, os resultados indicam
que os conhecimentos precisos para o desenvolvimento e a mutagênese de células
humanas normais será possível".
Esse experimento utilizou ratos saudáveis. Se a mutação aponta semelhanças
nas células humanas, essas técnicas podem ser usadas para gerar conhecimento
para “história de vida” de células de um humano normal.
A aplicação dessas técnicas permitirá aos cientistas fornecer uma
clara ideia de como as células adultas se desenvolveram desde que passaram a
existir. Além disso, observando os diferentes tipos de mutações e as vezes em
que elas ocorrem os cientistas serão capazes de obter uma espécie de “diário”,
escrito pelo DNA, do que cada célula saudável vivenciou durante sua existência,
e então, com esse conhecimento, explorar como afeta o gama de doenças humanas,
segundo Mike Stratton, diretor do Sanger Institute.
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