segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Software ajudar a detectar cegeira em diabéticos

Um cuidado indispensável com portadores de diabetes é identificar ou não se eles têm retinopatia diabética, uma enfermidade nos olhos que pode levar à cegueira. O risco aumenta se o controle da glicemia não for adequado e o paciente não procurar um oftalmologista. O diagnóstico é feito por mapeamento da retina ou por análise de fotografias coloridas produzidas por um aparelho chamado retinógrafo. 

Para auxiliar nessa análise e tornar o diagnóstico mais rápido, pesquisadores do Instituto de Computação da Universidade Estadual de Campinas (IC-Unicamp) desenvolveram uma solução computacional que poderá ajudar na detecção e tratamento da doença. O software é capaz de analisar automaticamente imagens na retina, no fundo do olho, de pacientes diabéticos e indicar de forma precoce anomalias como hemorragias, alterações vasculares, cicatrizes e sinais de processos inflamatórios. 

A novidade ganha importância porque essa doença é a principal causa de cegueira na população ativa – entre 20 e 74 anos – em países desenvolvidos. “De acordo com a Federação Internacional de Diabetes, atualmente o mal afeta 366 milhões de pessoas em todo o mundo e é estimado que este número cresça para aproximadamente 552 milhões até 2030”, diz o professor Anderson Rocha, do IC-Unicamp, coordenador do projeto. No Brasil, estima-se que cerca de 5% da população, ou perto de 10 milhões de brasileiros, são diabéticos, parte dos quais poderá vir a desenvolver a retinopatia diabética.

domingo, 26 de janeiro de 2014

Nova técnica pode aumentar chance de sucesso em fertilização in vitro

Cientistas de universidades dos Estados Unidos e da China afirmam que mapeamento genético de óvulos fertilizados pode duplicar a chance de sucesso de fertilização in vitro. Os testes foram conduzidos por pesquisadores das universidades de Harvard e Pequim e os resultados publicados na revista Cell. A fertilização in vitro é utilizada para ajudar casais que estão com problemas para ter filhos, o problema é identificar quais óvulos fertilizados são mais saudáveis.

O novo método analisa substâncias conhecidas como "glóbulos polares" ( fragmentos de células dos embriões) e a partir deles é feito um mapeamento genético. Um cientista da universidade de Pequim afirma que se funcionar bem o índice de sucesso poderá ser dobrado de 30% para 60% ou até mais.

Já o pesquisador Xiaoliang Sunney, da universidade de Harvard, afirma que a nova técnica favorece mulheres que já tiveram casos mal sucedidos de gravidez e querem tentar novamente ter filhos.

Problemas de fertilidade afetam cerca de 15% de casais em todo o mundo, levando muitos a buscar soluções como fertilização in vitro.

Mais informações: BBC

sábado, 25 de janeiro de 2014

Cientistas querem desenvolver cultivos transgênicos ricos em ômega-3

A empresa britânica de agronomia Rothamsted Research desenvolveu uma planta geneticamente modificada, a camelina - também conhecida como falso linho - capaz de produzir dois importantes ácidos-graxos ômega-3 contidos no óleo de peixe. Os cientistas solicitaram ao governo de seu país permissão para a realização de testes em campo destas plantas. 
Os ácidos eicosapentaenoico (EPA) e docosahexaenoico (DHA) têm um efeito benéfico muito grande na saúde cardiovascular das pessoas. Com a queda dos estoques pesqueiros e grande uso de óleo em fazenda de pesca, os cientistas buscam uma nova fonte.
Depois de testes laboratoriais, a empresa deseja examinar uma plantação de camelinas em condições reais, mesmo que controladas
Na Grã-Bretanha a população mostra-se conta OGMs, portanto o pedido ainda passará por aprovação e a resposta será obtida em 90 dias.

Para saber mais: http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/afp/2014/01/24/cientistas-querem-desenvolver-cultivos-transgenicos-ricos-em-omega-3.htm

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Um bloqueio aos ataques do HIV

Há pouco mais de três anos um grupo de médicos de Berlim publicou os resultados de um experimento inédito que surpreendeu os especialistas em HIV. O grupo alemão retirou medula óssea – fonte das células imunes do corpo – de um doador anônimo cuja herança genética o tornara naturalmente resistente ao HIV. Em seguida suas células foram transplantadas em um homem com leucemia e portador do vírus HIV por mais de dez anos. Embora o tratamento de leucemia a que o paciente foi submetido tenha sido o recomendado para a terapia de transplante de medula óssea, o grupo também esperava que a intervenção pudesse fornecer células resistentes ao HIV suficientes para controlar a infecção. A terapia superou as expectativas. Em vez de apenas reduzir a quantidade de HIV no sangue do paciente o transplante eliminou todas as evidências detectáveis do vírus em seu organismo, incluindo vários tecidos onde poderia ter permanecido latente. Os pesquisadores ficaram tão surpresos com os resultados que esperaram quase dois anos para publicá-los.


As notícias pareciam boas demais para ser verdade. E até agora, cinco anos depois de ter passado pelo tratamento inicial, o chamado paciente de Berlim (que depois foi identificado como Timothy Ray Brown, da Califórnia) não mostra mais nenhum sinal de presença do vírus – apesar de não ter tomado nenhum medicamento antirretroviral durante todo esse período. Entre os mais de 60 milhões de infectados por HIV nas últimas décadas, Brown é certamente o único que teve a erradicação da infecção documentada.
Mas a abordagem não pode ser aplicada indiscriminadamente e isso por várias razões. Uma delas é que de início o sistema imune do paciente precisa ser completamente destruído – um procedimento muito arriscado. Mas o sucesso inesperado inspirou pesquisadores do mundo todo a tentar oferecer aos pacientes formas mais seguras e menos dispendiosas de um novo sistema imune resistente ao HIV como o que foi oferecido a Brown. Com o sucesso dessa abordagem os médicos simplesmente poderiam bater a porta na cara do HIV, evitando que ele se espalhasse de célula para célula por todo o organismo dos pacientes. Finalmente o sistema imune modificado também poderia encarregar-se de eliminar qualquer HIV residual que permanecesse dissimulado no corpo. Em vez de seguir os passos de terapias anteriores, que simplesmente suprimiam o vírus, uma nova abordagem baseada no tratamento do grupo de Berlim, se bem-sucedida, eliminaria os vírus e provavelmente curaria a doença.
Na verdade, nós e nossos colegas dispomos de uma forma mais fácil de oferecer aos pacientes com o HIV um sistema imune como aquele utilizado no tratamento bem-sucedido do paciente de Berlim. O procedimento mostrou-se promissor em laboratório e agora estamos realizando testes clínicos preliminares numa pequena amostra de pessoas infectadas com o vírus. Temos muito trabalho pela frente e não podemos garantir que a terapia seja eficaz, mas nossos resultados preliminares, aliados ao fato de o paciente de Berlim continuar livre do HIV, nos fazem acreditar que o tratamento que estamos desenvolvendo poderá mudar completamente a vida de milhões de pessoas infectadas com o HIV.

Sintonia fina do sistema imune
Nosso método para modificar o sistema imune e combater o HIV baseia-se em pesquisas que visavam dois desafios relacionados. Os cientistas precisam descobrir como superequipar o sistema imune contra o HIV e como impedir que o vírus penetre nas suas células preferidas, as células CD4+, também conhecidas como células T auxiliares. Essas células funcionam como zagueiros na resposta imune, coordenando a interação entre os diferentes tipos de células desse sistema. Quando o HIV penetra pela primeira vez uma célula T auxiliar, o vírus não provoca nenhum dano real. Mas depois, quando a célula imune é ativada para combater a infecção que está se instalando, ela produz mais cópias do HIV. Ainda mais desanimador é o fato de o HIV acabar matando essas células coordenadoras, reduzindo assim a capacidade imune de enfrentar várias outras infecções. Dessa forma, comparativamente, o vírus elimina seletivamente os jogadores mais bem treinados. À medida que essas células são reduzidas, a capacidade do organismo de combater infecções também é deprimida até a instalação da aids – estágio final marcado por infecções fatais.Descobrir como equipar o sistema imune, e ainda proteger as células T auxiliares, não é nada fácil. Mas, quando foram divulgadas as notícias sobre o paciente de Berlim, avanços já haviam sido obtidos nas duas frentes, ainda que em linhas de pesquisa separadas.


Durante anos especialistas em oncologia e infectologia pesquisaram formas de fortalecer o sistema imune – como retirar células T de um paciente, tratá-las com substâncias que promovem tanto sua multiplicação como a agressividade no combate ao câncer ou infecções virais, e depois devolvê-las revigoradas ao organismo do paciente. Dois de nós reunimos esforços há 20 anos, quando Levine veio trabalhar com June no atual Centro Médico Militar Walter Reed, em Bethesda, Maryland. Baseando-nos em trabalhos de outros autores – principalmente nos de Philip Greenberg e Stanley Riddell, do Centro de Pesquisar de Câncer Fred Hutchinson, em Seattle, e Malcolm Brenner e Cliona Rooney, atualmente na Faculdade de Medicina Baylor, em Houston – começamos a realizar experimentos para melhorar os métodos para induzir o crescimento extracorpóreo de células. Na época, as células T de um doador podiam ser cultivadas em laboratório usando coquetéis complexos de mensageiros químicos ou retirando do sangue do doador um tipo de célula chamada célula dendrítica, que normalmente ensina as células T a amadurecer e multiplicar-se prolificamente.
Acreditávamos poder simplificar o processo criando células dendríticas artificiais. Começando com minúsculos grãos magnéticos, ligeiramente menores que as células T, prendíamos à sua superfície duas proteínas que imitavam moléculas de células dendríticas. Quando misturados às células T em frascos de laboratório os grãos eram muito eficientes nas tarefas que deveriam cumprir. Reabastecendo os grãos a cada duas semanas podíamos manter uma colônia de células T ativas multiplicando-se fartamente por mais de dois meses e aumentando sua população em um trilhão de vezes.
Quando começamos a testar o método usando amostras de sangue retiradas de portadores de HIV surpreendeu-nos a descoberta de que as células T produzidas eram capazes de impedir de forma significativa – embora temporária – os avanços do HIV. Publicamos nossos resultados em junho de 1996 sem saber que o método dos grãos magnéticos usado para promover o crescimento das células T aumentava sua resistência às infecções do HIV. Mais tarde, no entanto, naquele mesmo ano uma pista importante finalmente ajudou a desvendar o mistério.






quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Exposição ao sol é capaz de reduzir pressão sanguínea, segundo estudo.

Raio UVA libera para corrente sanguínea óxido nítrico armazenado na pele.
Resultado explica por que pressão varia de acordo com latitude e estação.

Uma sessão de 30 minutos de sol tem a capacidade de reduzir de forma significativa a pressão sanguínea, de acordo com estudo britânico publicado na revista científica “The Journal of Investigative Dermatology”, do grupo Nature. O efeito ocorre graças à alteração dos níveis de óxido nítrico na pele e na corrente sanguínea provocada pelos raios UVA, que faz parte da radiação solar.

Já era conhecido que os níveis de pressão arterial e de doenças cardiovasculares observados na população variam de acordo com a latitude e com a estação do ano: a incidência de hipertensão é mais baixa no verão e em regiões mais próximas do Equador, o que revela um possível efeito benéfico do sol.

Cogitou-se anteriormente que a vitamina D, estimulada pelo sol, poderia ter relação com esse fenômeno. Mas estudos não conseguiram demonstrar que a suplementação com vitamina D seria capaz de reduzir a incidência de doenças cardiovasculares.

A hipótese testada pelos cientistas, desta vez, é a de que o sol seria capaz de mobilizar o óxido nítrico presente na pele para a circulação, promovendo dessa forma a diminuição da pressão.

Para testá-la, os pesquisadores expuseram 24 voluntários saudáveis a uma irradiação de raios UVA que equivale a 30 minutos de exposição solar com camiseta de manga curta e bermuda.

Durante a sessão, e pelos 20 minutos seguintes após a irradiação, a pressão arterial média caiu significativamente. Também foi observada uma queda na pressão arterial diastólica (menor valor verificado durante a medida de pressão). Os resultados foram comparados com sessões de irradiação simulada, nos quais esses efeitos não foram observados.

A pesquisa concluiu, por meio de medidas e exames feitos nos voluntários durante e após a irradiação, que os raios UVA foram capazes de liberar para a circulação o óxido nítrico armazenado na pele, promovendo assim a redução da pressão arterial.

Os cientistas se certificaram de que os efeitos observados não tinham a ver com mudanças de temperatura, já que mantiveram temperaturas similares tanto no grupo exposto à irradiação verdadeira quanto à irradiação falsa.

De acordo com os autores, se esses efeitos forem confirmados e se for constatado que eles ocorrem de forma crônica, os resultados podem ter implicações significantes no aconselhamento em saúde pública e levar a mudanças na avaliação sobre riscos e benefícios da exposição ao sol.

Fonte: G1

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Alterações em sensor de nutrientes pode desencadear distúrbios na vida adulta

A notícia é conhecida: a baixa ingestão de proteínas durante o desenvolvimento do feto no útero e logo após o nascimento pode levar a distúrbios metabólicos na vida adulta, como obesidade, tolerância à insulina e hiperfagia — aumento exagerado do apetite. Agora, um grupo internacional de pesquisadores, entre eles brasileiros da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), pode estar mais próximo de compreender os mecanismos biológicos básicos que causam este fenômeno: num estudo com modelos animais, a equipe verificou que a baixa ingestão de proteínas por ratos na fase intrauterina e, logo em seguida, durante os primeiros dias de amamentação, pode desencadear alterações no funcionamento de um importante sensor nutricional responsável pelo controle do comportamento alimentar em uma região do cérebro conhecida como hipotálamo. Essas alterações podem comprometer a capacidade do cérebro de identificar o status nutricional do organismo durante a alimentação, tornando-o incapaz de indicar com precisão quando é hora de parar de comer.

Em seguida a uma refeição, quando aumenta a concentração de nutrientes no organismo, esse sensor — uma proteína conhecida como mTOR — é ativado pelo cérebro. Uma vez acionado, ele passa a agir no controle do comportamento alimentar e na homeostase energética, o sistema de regulagem química do organismo. Assim, induz o organismo a diminuir a ingestão de alimentos. “O mTOR é um indicador de que há energia disponível no corpo. Quanto maior for a ingestão alimentar, maior será sua ativação”, explica Raquel da Silva Aragão, professora do Departamento de Nutrição da UFPE e uma das autoras do artigo, cujos resultados foram publicado em setembro na revista PLoS One.

Os pesquisadores já haviam observado vias moleculares alteradas nos animais nascidos de mães com dieta restrita em proteína durante a gestação e a amamentação. Entre elas, uma via específica responsável pela ativação da mTOR. “Concluímos, assim, que esse sensor poderia desempenhar um papel chave no desenvolvimento de distúrbios metabólicos devido a um ambiente desfavorável antes e depois do parto”, conta.

Para testar a hipótese, os pesquisadores submeteram ratas grávidas a dois tipos de dietas, um com uma quantidade adequada de proteína e outro com uma dieta mais restrita em proteína. Após o nascimento, os filhotes continuaram sendo amamentados por 21 dias. Dessa forma, os filhotes do grupo em que as mães tinham dieta restrita em proteína também estavam sujeitos à restrição pelo leite.

Em seguida, aos 4 meses de vida, os pesquisadores dividiram os filhotes em subgrupos: os que tinham acesso irrestrito à comida, os que ficaram em jejum por 48 horas e os que ficaram em jejum também por 48 horas, mas, 3 horas antes de serem sacrificados, tiveram acesso a ração. Essas diferenças foram usadas como ferramenta para modificar o status nutricional dos ratos antes de serem sacrificados.

Ao medirem os níveis de ativação da mTOR na região do hipotálamo, os pesquisadores notaram que os ratos nascidos de fêmeas alimentadas com pouca proteína, mas que podiam comer livremente, exibiram uma redução da atividade do sensor em dois núcleos cerebrais: o arqueado e o ventromedial. O primeiro é o centro do controle do comportamento alimentar, no qual se concentra uma grande quantidade de neurônios responsáveis pela regulação da ingestão, entre eles os neurônios da fome, conhecidos como AgRP, e os da saciedade, Pomc (ver Pesquisa FAPESP nº 212). Já o segundo é a região que induz sensações de saciedade e que, desregulado, pode levar o indivíduo ao apetite excessivo.

Os pesquisadores também observaram que a resposta ao jejum estava alterada nos filhos das ratas que receberam dieta restrita em proteína. “Esses animais foram incapazes de alterar o nível de ativação da mTOR nos núcleos arqueado e ventromedial em resposta ao jejum”, conta Raquel.

Os resultados sugerem que a restrição à proteína materna durante o período da gestação e amamentação é capaz de alterar, nos filhotes, a detecção do status nutricional do organismo pelo hipotálamo, já que houve um prejuízo na ativação da mTOR em resposta ao desafio nutricional (jejum) imposto aos ratos. O que é mais grave, esse efeito se estende à vida adulta. “Isso sugere que a alteração nos sensores nutricionais pode ser um mecanismo que liga o ambiente fetal e neonatal pobre em nutrientes com o aparecimento, na vida adulta, da síndrome metabólica”, diz a pesquisadora.

Artigo científico
GUZMÁN-QUEVEDO. O. et al. Impaired Hypothalamic mTOR Activation in the Adult Rat Offspring Born to Mothers Fed a Low-Protein Diet. PLoS ONE. v. 8, n. 9. set. 2013.

sábado, 18 de janeiro de 2014

Indutor de glóbulos vermelhos sintetizado pela primeira vez


Em uma proeza da bioquímica, cientistas montaram um hormônio proteico inteiro a partir do nada, e demonstraram que ele funciona tão bem em ratos quanto sua versão natural. Se confirmada, a síntese completa da eritropoetina, um hormônio que estimula a produção de glóbulos vermelhos, marcaria uma nova fase na produção e estudo de terapias biológicas.


“Esse é um trabalho muito importante”, elogia o bioquímico Yasuhiro Kajihara da Universidade de Osaka, no Japão. Ele alerta, no entanto, que a análise da equipe é ambígua, e que ainda há muito progresso a ser feito. “Será que essa molécula está disposta da maneira correta?”, pergunta ele.

A eritropoetina, também conhecida como EPO, é produzida naturalmente pelos rins e se tornou notória como a droga de aumento de desempenho usada por ciclistas do Tour de France. Mais convencionalmente, a EPO é usada para tratar a anemia resultante do câncer, HIV/AIDS e de doenças renais crônicas.

Ao contrário de medicamentos tradicionais, de moléculas pequenas que podem ser produzidas com precisão em laboratórios químicos, biofármacos são proteínas e biomoléculas similares produzidas por células de plantas, animais ou bactérias, resultando em misturas heterogêneas de compostos intimamente relacionadas. Laboratórios farmacêuticos normalmente produzem EPO em culturas geneticamente modificadas de células de hamsters chineses. Assim como em células humanas, essas moléculas de EPO ficam ‘decoradas’ com várias cadeias de açúcar, produzindo um coquetel das chamadas glicoformas, com estruturas tridimensionais diferentes.

É provável que existam mais de 50 glicoformas diferentes da EPO, e algumas delas parecem ser mais eficazes que as outras, tendo maior estabilidade ou meia-vida mais longa na corrente sanguínea. Mas elas nunca foram completamente estudadas, porque glicoformas individuais não podem ser isoladas em forma pura. Consequentemente, há muito tempo cientistas desejavam conseguir sintetizar quimicamente e testar as glicoformas individuais.

Cientistas contatados pela Nature foram unânimes em aplaudir a proeza técnica de juntar todos os 166 aminoácidos da EPO, mas expressaram uma preocupação: será que a equipe produziu glicoformas puras, com estrutura adequada? 

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Terapia genética em teste freia doença ocular degenerativa

Conseguir ler três linhas de letras miúdas a mais durante um exame de vista faz diferença para quem estava ficando cego por causa de uma doença degenerativa.


Esse avanço ocorreu durante um teste da Universidade de Oxford, no Reino Unido, que usou terapia genética para tentar reverter o dano à retina e a outras regiões cruciais dos olhos.

Não há nada de milagroso: dos seis pacientes tratados, quatro continuam com a mesma acuidade visual que tinham antes da operação (eram os casos menos sérios, nos quais a visão era só um pouco mais fraca do que a de pessoas sadias).

Os outros dois doentes –justamente os que já tinham perdido boa parte da visão– responderam de forma mais clara ao tratamento.

A doença que a equipe do pesquisador Robert MacLaren está tentando enfrentar é a coroideremia, assim chamada porque afeta a coroide, camada do olho cheia de vasos sanguíneos que ajuda a nutrir a retina, também progressivamente destruída pela moléstia. A coroideremia afeta uma pessoa a cada 50 mil, em geral homens– e tem origem genética. A cegueira vem ao longo de décadas e é inevitável.

Como um defeito num único gene desencadeia o problema, a ideia dos cientistas é substituir o trecho de DNA defeituoso pelo equivalente "em bom estado".
Isso é conseguido por meio de um vírus modificado que, na natureza, infecta seres humanos e outros primatas sem causar doenças.

Em laboratório, os cientistas embutem o gene de interesse no vírus, como um arquivo num pen drive, e ele fica encarregado de espalhar o gene nas células do olho após ser injetado no local.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

O HIV e a morte das células de defesa


Uma vez no organismo, o vírus da imunodeficiência humana (HIV) inicia a eliminação das células de defesa, em especial dos macrófagos, que deveriam combatê-lo. É uma matança indireta, com efeito disseminado. O grupo liderado por Warner Greene, da Universidade da Califórnia em São Francisco, Estados Unidos, descreve agora, em dois artigos, as vias bioquímicas de morte celular acionadas pelo HIV (19 de dezembro,Science e Nature). A equipe de Greene demonstrou que, depois de penetrar nas células, o HIV aciona uma sequência de reações químicas que levam a célula à morte por piroptose.

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segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Implantes são aperfeiçoados para se adaptar melhor ao osso

O trabalho do grupo de estudos de biomateriais do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) conseguiu produzir métodos avançados de fazer implantes eficazes.

Os biomateriais são qualquer material, de natureza diversa (metal, cerâmica, etc.), cujas características o tornam apto a ser usado na composição de prótese.

De acordo com a Agência Universitária de Notícias (AUN), da USP, o avanço de biomateriais é de grande valor para que sejam feitos implantes de dentes e próteses de ossos, por exemplo. O Serviço Único de Saúde (SUS), por exemplo, usa aço inoxidável em extensa parcela dos procedimentos. Já no serviço privado, tem-se por costume utilizar material feito de titânio ou uma liga composta por titânio, alumínio e vanádio.

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domingo, 12 de janeiro de 2014

Novo tratamento genético para Parkinson

O mal de Parkinson é um transtorno neurológico degenerativo e lentamente progressivo que afeta as zonas do sistema nervoso central responsáveis por controlar as atividades motoras, esse transtorno neurodegenerativo afeta mais de seis milhões de pessoas no mundo.Seus sintomas mais conhecidos são os tremores, a rigidez muscular, a lentidão e as alterações posturais, entre outros. Um novo tratamento genético atua na melhoria do controle de movimento para vítimas de Parkinson.
Um grupo de pesquisadores franceses do Hospital Universitário Henri-Mondon de Créteil (França), realizaram o novo tratamento em 15 pacientes com a doença de Parkinson em nível avançado, segundo os cientistas o novo tratamento é "seguro, eficaz e tolerável".
O novo tratamento foi denominado "ProSavin" e utiliza um vírus inativo que leva genes corretivos diretamente ao cérebro e é projetada para aumentar a produção de dopamina pelos neurônios. Entretanto, o pesquisador ressaltou que os resultados são limitados, apesar de serem promissórios.


sábado, 11 de janeiro de 2014

Pesquisador da Unesp de Assis tenta encontrar a cura para o enfisema pulmonar

João Tadeu Ribeiro Paes
Segundo o ministério da saúde cerca de 6 milhões de brasileiros tem enfisema pulmonar uma doença que não tem cura.
João Tadeu Ribeiro Paes, pesquisador da Unesp de Assis, tenta encontrar a cura para a enfisema pulmonar.

Os primeiros experimentos começaram em 2005, com a aplicação do tratamento em camundongos. Concluída essa etapa e com base nos resultados positivos, a UNESP recebeu autorização para começar os testes em humanos.

Os resultados chamaram a atenção das comunidades científica e médica mundial. O International Journal of COPD publicou um artigo sobre o tema que foi o mais acessado em janeiro de 2011, segundo os editores.

Para colaborar com a pesquisa, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ), liberou R$ 200 mil reais para a pesquisa.

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sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Microrganismos na mineração

Hoje em dia, os processos de reciclagem no Brasil evoluíram de forma impressionante, chegando a grandes porcentagens do lixo. Um dos problemas dessa reciclagem é o lixo eletrônico, de computadores, micro-ondas, tudo que tem circuitos elétricos impressos, até mesmo uma pequena calculadora.

Foi nesse ponto que Luciana Yamane, bolsista FAPESP com essa pesquisa, enxergou uma grande possibilidade. Através de uma técnica chamada de bio-hidrometalurgia, que utiliza bactérias para fazer a extração de cobre desses circuitos, conseguiu ser muito eficiente na extração bem como em seu custo e sustentabilidade, já que é muito menos poluente e inofensiva aos seres humanos.

Já é possível fazer a extração de cobre e outros metais desses circuitos, mas são utilizados ácidos ou através de pirometalurgia para fazer a extração resultando em altas temperaturas, que são problemas de gasto de energia e também para os rios se não forem bem tratadas, além da emissão de gases poluentes.

O desafio da pesquisa foi fazer com que as bactérias sobrevivessem ao meio em que seriam colocados os resíduos triturados dessas placas, uma vez que fibras de vidro e outros materiais são tóxicos para elas. A solução foi fazer uma seleção de bactérias resistentes colocando pequenas concentrações dos resíduos até chegar ao ponto de conseguir colocar 28 gramas para cada litro de solução.

A bactéria Acidithiobacillus ferrooxidans linhagem LR é inoculada oxidando os íons ferrosos transformando-os em íons férricos (Fe+3), que oxidará o cobre liberando-os dos grânulos da placa e dissolvido na solução, conhecido como biolixiviação. O processo de separação do cobre solubilizado é feito através de técnicas convencionais e por meio de processos já estabelecidos.

Leia mais.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Para pessoas e plantas

Enquanto dava xarope expectorante para o filho gripado, a bióloga Alessandra de Souza teve uma ideia: será que o medicamento poderia tratar a doença de laranjais que ocupa sua mente no âmbito profissional? A inspiração é menos inusitada do que parece quando se imaginam os sintomas da gripe numa criança e a anatomia de um pé de laranja. É que a bactéria Xylella fastidiosa, causadora da clorose variegada dos citros (CVC), também conhecida como praga do amarelinho pelas manchas que deixa nas folhas e nos frutos, toma a planta formando um biofilme que une a comunidade de microrganismos invasores. Romper esse biofilme no início de sua formação pode ser a melhor forma de combater a doença, que causa graves prejuízos à produção nacional de laranjas, afirma a bióloga Marie-Anne Van Sluys, da Universidade de São Paulo (USP), em reportagem na Edição Especial 50 anos da FAPESP. É justamente esse o objetivo de Alessandra, pesquisadora do Centro de Citricultura Sylvio Moreira do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), em Cordeirópolis, interior paulista.

E ela parece estar no caminho certo, conforme indicam resultados obtidos no mestrado de sua aluna Lígia Muranaka e publicados este ano na PLoS One. “A patogenicidade da Xylella é próxima à de bactérias que causam infecções em seres humanos, com expressão gênica e mecanismos semelhantes”, afirma Alessandra. Por isso, ela já testou vários tipos de antibióticos, como a tetraciclina e a neomicina. “A Xylella é suscetível a esses medicamentos”, conta, “mas são muito caros para se usar na agricultura”. A pesquisadora explica que a formação do biofilme dentro da planta permite às bactérias se comunicarem entre si e se comportarem como um organismo único. Essa peculiaridade acaba por entupir os vasos do xilema, onde os microrganismos se alojam, e impede a passagem de nutrientes e água das raízes para a copa das árvores. Se é esse o mecanismo de ação da doença, talvez esteja aí mesmo a solução economicamente viável e que não cause impactos ambientais.

A N-acetilcisteína (NAC), princípio ativo do xarope que Alessandra deu ao filho, velho conhecido de quem costuma ter problemas respiratórios, é um agente mucolítico – ou seja, desmancha muco. “Ela desfaz o biofilme e desestrutura as proteínas de várias bactérias que infectam seres humanos, como Staphylococcus aureus, Enterococcus faecalis e Pseudomonas aeruginosa”, conta. O medicamento nunca tinha sido usado em plantas, mas sabendo, por meio de estudos do genoma funcional, que muitas das proteínas que promovem a adesão entre as bactérias X. fastidiosa dentro da laranjeira formam ligações entre si graças à cisteína, seu grupo partiu do pressuposto de que a medicação poderia ser eficaz para combater a clorose.

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domingo, 5 de janeiro de 2014

Combate ao vício: hormônio reduz os efeitos da maconha no cérebro

Cientistas descobriram um hormônio natural que reduz a euforia causada pela maconha, servindo como uma espécie de defesa espontânea diante dos efeitos causados pela droga.

Estudos revelaram que o hormônio diminui a atividade de um receptor no cérebro, bloqueando as alterações comportamentais causadas pelo tetrahidrocanabiol (THC), a principal substancia psicoativa da maconha.

A descoberta pode auxiliar no tratamento da dependência de maconha, além de permitir que as propriedades medicinais sejam exploradas sem que os efeitos comportamentais sejam expressos.

Os pesquisadores administraram grandes doses de cannabis em ratos e verificaram que as altas doses provocam uma elevação nos níveis desse hormônio no cérebro, o que acaba por bloquear os efeitos nocivos do THC que podem prejudicar o cérebro.

Os testes também foram realizados com células humanas que mostraram um efeito similar ao apresentado em ratos.

Se o efeito do hormônio for confirmado em humanos, está será a primeira terapia farmacológica para a dependência da maconha.

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Entrevista: Karoline Mansano

Karoline Mansano, graduanda do 9º semestre de Engenharia Biotecnológica na UNESP Assis e atual presidente da Biotec Júnior, conta da jornada no MEJ e todo seu aprendizado dentro da Empresa Junior. Confira!



Descomplicando: Como é a sua atuação no movimento empresa Júnior (MEJ)? 

Karoline: Primeiramente agradeço a oportunidade desta entrevista.
Minha atuação no movimento empresa Júnior vem desde 2010, no meu primeiro ano de faculdade. Antes mesmo de entrar na Unesp eu comecei a pesquisar as oportunidades que a universidade me trariam, foi então que me deparei com o Movimento Empresa Júnior, mais especificamente com a Biotec Júnior. Em junho de 2010 me inscrevi no processo seletivo da Biotec Júnior e neste mesmo ano ingressei como trainee da EJ. Nos anos seguintes atuei como membro, vice diretora e diretora do departamento de Comunicação e Marketing, seguido da vice-presidência e atualmente da presidência. Nos primeiros anos tive um contato grande com outras ejs através de benchmarks e do Enejunesp (Encontro das Empresas Juniores da Unesp) que no meu ano de trainee foi sediado pelo Biotec Júnior em Assis. Durante meus anos de MEJ, participei de muitos eventos relacionados ao movimento e participei do núcleo Unesp, onde a cada dia me aprofundo e apaixono mais por ser empresária Júnior. 

Descomplicando: Quais são os principais pontos que você pode apontar onde o MEJ e a Biotec Júnior agregaram em sua vida?

Karoline: O MEJ e a Biotec Júnior me agregaram muito nesse anos todos, e dia após dia vejo o quanto cresci e amadureci com essa vida. Hoje tenho uma visão muito mais sistêmica de tudo, além de ver as coisas "fora da caixinha". Sem duvida o papel de presidente tem muita influência nisso, porém eu só sou quem sou e tenho a experiência que tenho, devido a muito esforço e força de vontade. Acredito que a maior experiência que o MEJ me proporcionou foi a de trazer a oportunidade de poder aprender errando e fazendo. Só vivendo o dia a dia de uma empresa Júnior, somado as demais atividade de graduação, que aprendi a organizar meu tempo, fazer contatos para o meu futuro e mostrar responsabilidade e comprometimento através de um trabalho bem feito. Vejo que tudo que o MEJ e a Biotec Júnior me proporcionaram não pararam por aqui. São frutos que planto no dia a dia e que verei o resultado durante a vida toda. No fundo, essa pergunta não tem uma resposta clara, porém resumo ela em um principal ponto: o aprendizado.

Descomplicando: Em sua gestão como presidente, qual foi sua visão geral da empresa? Quais eram suas metas e o que você acredita ter deixado de legado? 

Karoline: Sem duvidas 2013 foi um ano muito conturbado, porém em um balanço geral, tenho que a felicidade de dizer que cumprimos nossas metas. Tínhamos um grande planejamento para a nossa gestão. Eu e a Gabriela Mazali, a vice presidente, tivemos um cuidado ao planejar a gestão e ao gerencia-la. Cada membro teve papel fundamental em todas as conquistas. Então, digo que me sinto realizada e com muitas metas cumpridas. 
De todo o planejamento destaco algumas metas realizadas com êxito: aumentar a visibilidade da empresa para o MEJ, para os clientes e parceiros, aumentar a capacitação dos membros com um programa extenso de treinamentos, criar planos de ação a fim de tornar nosso projetos consultorias. Esses três pilares,  ao meu ver, marcaram a gestão 2013: Consolidar a marca, capacitar os membros e aprimorar projetos.

Descomplicando: Qual foi sua trajetória na Biotec Júnior e quais são seus planos para a empresa no futuro?

Karoline: Como já dito, minha trajetória na Biotec Júnior teve inicio em 2010 e continuará em 2014, ano que farei parte do conselho gestor da minha EJ, contribuindo com todas as minhas experiências acumuladas. Como conselho gestor não pretendo fazer muitos planos para a empresa, acredito que isso não cabe a mim mais, mas sim a toda uma gestão que esta se formando. Particularmente só desejo que a Biotec Júnior continue crescendo, sem se esquecer dos valores e de todo o histórico construído nesses 6 anos, aprendendo com a cultura dos valores e dos erros, com gestores que se superem cada vez mais.

Descomplicando: Qual ou quais são os maiores aprendizados que você vai levar dessa experiência? 

Karoline: Difícil descrever claramente, quem me conhece sabe que me faltam palavras e me sobram emoções. A Biotec Júnior durante 2013 foi, mais do que em qualquer época, a minha vida. Me dediquei de corpo e alma, literalmente. Tentei ser empresária, tentei ser a melhor. Aprendi muito, errei muito, ganhei muito e cresci mais ainda. Construí, com cada membro, uma ej mais forte, mais conhecida e mais reconhecida. 

Que venha 2014, que venham muitos anos de trabalho, dedicação, responsabilidade e comprometimento. Que venham as próximas gestões. Meu trabalho ainda não acabou, e não sei se um dia acabará, pois quero sempre estar a disposição da empresa, tentando retribuir tudo o que ela me presenteou. Se hoje sou quem sou, sem duvida é porque por muito mais tempo, sou Biotec Júnior. 

Em nome da Biotec Junior parabenizamos e agradecemos a atual presidente, Karoline Mansano, por todo seu trabalho e esforço pela e por a Empresa. Desejamos todo o sucesso do mundo e que essa experiência seja levada adiante pela empresa e por você. Obrigada!

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Reações corporais a cada tipo de emoção

Um estudo finlandês desenhou um “mapa das sensações corporais”. O esquema traz várias figuras humanas, destacando a temperatura de cada parte do corpo, de acordo com a emoção que a pessoa está sentindo no momento.

'Mapa' mostra temperatura do corpo de acordo com o sentimento.

O esquema é o resultado de cinco experiências feitas com 701 participantes de diferentes regiões do mundo e de diversas culturas, que apontaram as alterações fisiológicas associadas a cada sentimento. 
O estudo foi publicado pela “PNAS”, revista da Academia Nacional de Ciências dos EUA, foi realizado pela Universidade de Aalto. A pesquisadora Lauri Nummenma que fez parte do projeto , afirma que através da pesquisa e do mapa traçado, poderiam ser notados e indicados distúrbios emocionais, uma vez que as emoções são culturalmente universais.
A imagem mostra os resultados da pesquisa, sendo que as partes em amarelo são as mais quentes, e as em azul, as mais frias. 
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