Cientistas anunciaram hoje a observação de uma
partícula subatômica inédita até então. Eles veem fortes indícios de que
se trate do “bóson de Higgs”, a “partícula de Deus”, única partícula
prevista pela teoria vigente da física que ainda não tinha sido
detectada em laboratórios, e que vinha sendo perseguida ao longo das
últimas décadas.
Apesar de ter características “consistentes” com o bóson de
Higgs, os físicos ainda não afirmam com certeza que se trate da
“partícula de Deus”. Para isso, eles vão coletar novos dados para
observar se a partícula se comporta com as características esperadas do
bóson de Higgs.
O bóson de Higgs é a partícula de manifestação do campo de Higgs (assim a luz se manifesta pelos fótons). O campo de Higgs surgiu como teoria em 1964, o cientista Peter Higgs propôs que o fato de algumas partículas contem massa e outras não, só seria possível se existisse um campo de energia que desse massa a elas de acordo com sua interação.
O anúncio foi feito em Genebra, na Suíça, sede do Centro Europeu de
Pesquisas Nucleares (Cern, na sigla em francês). As conclusões foram
baseadas em dados obtidos no Grande Colisor de Hádrons (LHC, na sigla em
inglês), acelerador de partículas construído pelo Cern debaixo da terra
na fronteira entre a França e a Suíça, considerado a máquina mais
poderosa do mundo.
“Eu não tenho muita dúvida de que, na física de partículas, é o evento
mais importante dos últimos 30 anos”, afirmou Sérgio Novaes, pesquisador
da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), que faz parte da
colaboração CMS. "Eu acho que é um momento histórico que a gente está
vivendo", completou.
Apesar do grande impacto na física teórica, a descoberta ainda não
representa um avanço direcionado a nenhum campo específico da
tecnologia.
Leia o artigo completo no G1
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