segunda-feira, 23 de julho de 2012

Alimentos funcionais e probióticos

Os alimentos funcionais a têm característica de serem benéficos à saúde, além da sua função essencial de nutrir. Alguns deles parecem reduzir o risco de doenças degenerativas. Historicamente, a utilização de certos alimentos na redução do risco de doenças já era considerada há anos. Hipócrates cerca de 2500 anos atrás já pregava isso: "faça do alimento o seu medicamento". No entanto, somente no final deste último século, na década de 90, é que começou haver um interesse renovado por esse assunto, e foi quando o termo "alimento funcional" passou a ser adotado. As pesquisas se intensificaram e o conceito de alimento funcional tornou-se mais conhecido. O Japão foi o pioneiro na produção e comercialização de alimentos funcionais, conhecidos como FOSHU, "Foods for Specified Health Use" (Comida para uso específico na saúde).

Dentre os diversos alimentos funcionais, os que tem se destacado são os probióticos. Estes agem diretamente na flora intestinal do homem. São microrganismo vivos que ingerimos, porém que nos trazem benefícios. O ser humano tem uma porção de microrganismo em seu trato intestinal, que nos ajudam na digestão de nutrientes e também previnem que outros microrganismos patogênicos nos causem doença. Os alimentos probióticos melhoram o desempenho dessa microbiota, uma vez que estimulam o crescimento de bactérias benéfica e inibem a infestação das que podem ser prejudiciais. E isso, consequentemente, melhora a imunidade do indivíduo.

Os benefícios à saúde do homem devido à ingestão de alimentos probióticos que mais se destacam são: controle da microbiota intestinal; estabilização da microbiota intestinal após o uso de antibióticos; promoção da resistência gastrintestinal à colonização por patógenos; diminuição da população de patógenos através da produção de ácidos acético e lático, de bacteriocinas e de outros compostos antimicrobianos; promoção da digestão da lactose em indivíduos intolerantes à lactose; estimulação do sistema imune; alívio da constipação; aumento da absorção de minerais e produção de vitaminas. Embora ainda não comprovados, outros efeitos atribuídos a essas culturas são a diminuição do risco de câncer de cólon e de doença cardiovascular. (Informações retiradas de artigo de Susana Saad, publicado na Revista Brasileira de Ciência Farmacêutica).

Para alcançar os benefícios, o alimento deve ter quantidade correta de microrganismos disponíveis e exigida por legislação. Além disso, o consumo deve ser contínuo e atrelado a uma boa dieta e exercícios físicos.

Rafaela Herrera Silva – diretora-presidente da Biotec Jr.

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