Uma equipe de cientistas da
University of Toronto, no Canadá, deram o primeiro passo
para a utilização de uma técnica que talvez possa fazer algo tido
como impossível: reverter o Mal de Alzheimer. Até o desenvolvimento
de tal estudo, acreditava-se que o encolhimento do cérebro, a
deterioração de suas funções e a perda de memória, condições
associadas ao Mal, eram irreversíveis.
Região
associada à memória que foi estimulada voltou a
crescer
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Os cientistas canadenses estão
fazendo uso de uma técnica conhecida como Estimulação Cerebral
Profunda (ECP), que envolve a aplicação de eletricidade em certas
regiões do cérebro. A técnica já foi testada e em dois pacientes,
a área do cérebro associada à memória parou de ser deteriorada e
voltou a crescer.
No entanto, não se sabe ainda com
precisão como a técnica funciona. Milhares de pacientes com Mal de
Parkinson já foram tratados com ECP. A teoria é de que no Mal de
Parkinson, as células do cérebro ficam presas em um padrão de
descargas elétricas seguidas por silêncios e, depois, novas
descargas. A estimulação contínua e em alta frequência
perturbaria esse ritmo, provocando as melhoras.
No Mal de Alzheimer, sabe-se ainda
menos sobre como a ECP causa os resultados. A região do cérebro
conhecida como hipocampo é uma das primeiras a encolher na pessoa
afetada. Nela funciona o centro de memória. Danos a essa região
produzem alguns dos primeiros sintomas do Mal: a perda de memória e
desorientação. O grau esperado de encolhimento do hipocampo em
pacientes com Alzheimer é em média 5% ao ano. Após 12 meses de
estimulação, um dos pacientes teve um aumento da área 5% e, outro,
8%.
Para testar se a técnica está
realmente funcionando e se assegurar de que o resultado obtido não
foi um simples acaso, a equipe canadense vai realizar uma pesquisa
maior. Mas os resultados conquistados nas pesquisas primárias, já
demonstram que a técnica é promissora, podendo evitar e até mesmo
curar milhares de pessoas que sofrem do Mal.
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