A síndrome
de Down é uma alteração genética que atinge uma em cada 700 crianças. Essas pessoas ficam mais suscetíveis a
desenvolver doenças autoimunes do que o restante da população. De acordo com o apresentado por pesquisadores brasileiros em um estudo publicado em setembro
no Journal of Immunology o mecanismo que ensina as células de defesa a reconhecer e
combater o que é estranho ao organismo encontra-se desregulado. Então, as células que deveriam desempenhar papel de proteção passam a atacar o corpo, levando
ao desenvolvimento de enfermidades autoimunes como o diabetes tipo 1, o
hipotireoidismo ou a doença celíaca.
A pediatra Magda Carneiro-Sampaio e sua equipe no Instituto da Criança (ICr) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) verificaram uma diferença quanto ao amadurecimento das células de defesa das crianças com síndrome de Down ao comparar a atividade do timo delas com a do timo de crianças sem o problema.
A pediatra Magda Carneiro-Sampaio e sua equipe no Instituto da Criança (ICr) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) verificaram uma diferença quanto ao amadurecimento das células de defesa das crianças com síndrome de Down ao comparar a atividade do timo delas com a do timo de crianças sem o problema.
Para essa descoberta, o grupo de Magda usou técnicas de biologia molecular para estudar o timo de 60 crianças (14 com síndrome de Down e 46 sem) com idade entre 4
meses e 12 anos. Assim, os pesquisadores contataram que este órgão era menos ativo nas crianças com a síndrome de Down em comparação àquelas sem o problema.
Após a avaliação do nível de ativação de quase
22 mil genes nas células do timo, verificou-se que cerca de 400 desses
genes, muitos deles responsáveis pela multiplicação celular e pelo
amadurecimento das células de defesa, se encontravam menos ativos nas
crianças com Down. Em especial o gene autoimmune regulator
(AIRE), sem o qual não ocorre a síntese da proteína responsável pela eliminação dos linfócitos
nocivos ao organismo no timo, como
deveriam. Com isso, os linfócitos se espalham pelo corpo, gerando problemas de imunidade.
Leia mais: Pesquisa Fapesp
Nenhum comentário:
Postar um comentário