Produção da vacina Influenza no Instituo Butantan |
Adjuvantes
de vacinas são compostos que permitem o uso de doses menores de
vacinas e ampliam as respostas do organismo contra microrganismos
causadores de doenças e tem sido testados por pesquisadores do
Instituto Butantan. Dois destes estão apresentando resultados
promissores.
O
monofosforil lipídico A (MPL) é um componente da parede celular da
bactéria Bordetella pertussis, causadora da coqueluche, e foi
extraído para a produção da vacina. No teste duplo realizado com a
vacina contra o vírus H1N1 em adultos, o MPL mostrou-se
seguro, mantendo o mesmo efeito da vacina, porém com ¼ da dose. A
realização do teste diretamente em seres humanos foi possível
devido ao fato de que os fabricantes da vacina temiam não conseguir
produzir o número suficiente de doses caso o surto espalhasse,
segundo Alexander Precioso, diretor da divisão de ensaios clínicos
do Instituto Butantan.
“Caso
precisássemos”, diz Precioso, pensando em uma possível calamidade
pública, “teríamos como atender um número maior de pessoas,
usando os adjuvantes”. Esse composto também poderá ser testado
com vacinas contra influenza sazonal e contra hepatite B, desta vez
regularmente, em animais de laboratório.
Desde
2002, o Instituto Butantan e a Universidade de São Paulo tem
realizado estudos (em colaboração) sobre a capacidade da sílica
porosa nanoestruturada (SBA-15) como adjuvante ou veículo de
vacinas. A partir de 2005, o Laboratório Cristália também passou a
colaborar com tais estudos.
Uma
equipe coordenada por Osvaldo Augusto Sant'Anna mostrou que a sílica
promovia respostas imunes desejáveis em camundongos. Estudos
internacionais mostraram a capacidade da sílica de abrigar e
transportar antígenos usados como vacinas. Um outro estudo indicou
que a sílica nanoporosa poderia ser usada como veículo para vacinas
administradas por via oral – o que, segundo Sant'Anna, permitiria
uma grande economia, já que dispensaria o uso de agulhas e seringas,
além de ampliar o número de pessoas vacinadas e permitir a
aplicação de doses menores que as atuais.
Para
mais informações, acesse a notícia no site da Revista Pesquisa Fapesp.
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