quarta-feira, 28 de maio de 2014

Cientistam reprogramam células epiteliais em nervosas

Neurônio induzido
      Pesquisadores do Reino Unido conseguiram converter células epiteliais em células nervosas maduras e funcionais, que agem como células encontradas no corpo humano (podendo também usá-las como modelos melhores no estudo de doenças degenerativas como o Parkinson e o Alzheimer).
   Alguns anos atrás, pesquisadores mostraram como um grupo de proteínas chamado “fatores de transcrição” regulam a divisão e diferenciação de células-tronco. Estudos mais recentes revelam que adicionando essas proteínas a células epiteliais, elas são capazes de se reprogramarem para outro tipo de células, incluindo as nervosas. Essas células transformadas foram chamadas de “neurônios induzidos” porém, até hoje, apenas pequenas quantidades de neurônios induzidos conseguiram ser formados por esse método.
     “Quando você reprograma uma célula, você a converte de uma forma para outra porém frequentemente essas células terminam o processo parecendo-se mais com células provenientes de embriões que de fato células maduras”, diz Anna Philpott, da Universidade de Cambridge. “Para aumentar nosso entendimento de doenças como o Alzheimer, precisamos ser capazes de trabalhar com células que se parecem e funcionem como aquelas que veríamos em indivíduos que desenvolveram a doença”.
       Estudando como os nervos se formam, Philpot e alguns colegas encontraram uma maneira de acelerar a maturação dessas células nervosas: eles manipulam os sinais que os fatores de transcrição enviam para as células, promovendo diferenciação e maturação.
              O time foi capaz de produzir mais células nervosas por engenharia de proteínas que não podem ser modificadas por células de fosfato (um processo chamado fosforilação). Adicionando esses fatores de transcrição “não-fosforiláveis” às celulashumanas, eles conseguiram criar células maduras adultas que podem servir como modelo para desordens cerebrais relacionadas à idade.
             Para ler os achados originais, publicados essa semana na revista Development, clique aqui.

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