O coral
orelha-de-elefante (Phyllorgorgia
dilatata), espécie existente apenas na costa brasileira, é capaz de
controlar uma das superbactérias com maior resistência a antibióticos, o KPC (Klebsiella pneumoniae carbapenemase).
Superbactérias
são bactérias patogênicas que com uso indiscriminado de antibióticos, sofrem ao
longo do tempo, um processo de seleção natural, adquirindo multirresistência a
diversos antibióticos. Sua propagação em ambientes hospitalares é a principal
consequência dessa seleção, sendo assim, sua disseminação é facilitada por
pacientes que já possuem outras doenças.
A
superbactéria KPC adquiriu essa resistência a antibióticos devido a mutação
genética da qual sofreu, além disso, possui a capacidade de tornar-se
resistente à outras bactérias. Essa bactéria é encontrada em fezes, no solo, em
vegetais, na água, em frutas e cereais e sua transmissão é feita através do
contato com as secreções de um indivíduo infectado, quando nos hospitais as
normas básicas de desinfecção e higiene não são respeitadas. A KPC é responsável
por causar infecções sanguíneas, no trato urinário e em feridas cirúrgicas que
podem evoluir para uma infecção generalizada e, além disso, pneumonia.
Outras
moléculas retiradas de animais como corais e esponjas que combatem outras
bactérias, mas não o KPC. Pesquisadores de Ciências Genômicas e Biotecnologia
da Universidade Católica de Brasília e do Projeto Coral Vivo realizaram testes
em outras seis espécies, escolhidas pelas características desses animais, que
por provavelmente possuírem barreiras química, sobrevivem à alta competitividade
no ambiente marinho.
Não
se sabe se a substância é capaz de combater essa superbactéria é originária do
coral ou de uma bactéria que vive associada a ele, relata Clovis Castro, biólogo
e coautor da pesquisa.
Para saber mais, clique aqui.
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