A ressonância magnética nuclear (RMN) é utilizada na
medicina no diagnóstico de doenças cerebrais, musculares e ósseas, desde os
anos 80. Esse uso medicinal está sendo transferido para outras áreas, como por
exemplo, a área alimentícia, onde a realização do RMN possibilita descobrir se
uma fruta está doce ou não, se um produto é realmente light ou se está
adulterado. Vários estudos do pesquisador Luiz Alberto Colnago, da Embrapa
Instrumentação, unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
(Embrapa) localizada em São Carlos, interior de SP, mostram essa utilidade que
pode futuramente ser utilizada comercialmente.
O problema é que esses estudos são realizados em aparelhos
semelhantes aos usados na medicina, cujo custo é muito elevado (pode chegar à
casa de milhões de dólares). O que Colnago fez foi desenvolver métodos e
equipamentos de RMN com baixo custo para análises não invasivas de alimentos in natura ou embalados.
Assim como qualquer outro aparelho de ressonância magnética,
os desenvolvidos por Colnago e sua equipe são compostos por um ímã, uma estação
de transmissão e recepção de ondas de rádio e um computador. A estação
transmissora e receptora de ondas de rádio foi importada dos Estados Unidos e
uma antena foi desenvolvida por Colnago. Os produtos analisados podem estar
embalados, desde que não material metálico ou tetra pak, materiais que não permitem a passagem das ondas de
rádio. O ímã magnetiza o produto, enquanto a antena envia as ondas de rádio geradas
por um transmissor AM para a amostra. Os resultados são obtidos pois os núcleos
atômicos de cada elemento químico do material absorvem energia em uma
frequência específica, sendo assim possível a diferenciação química e
bioquímica dos componentes.
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