Há uma enorme demanda por sangue humano. Só nos Estados Unidos é requerida uma transfusão a cada dois segundos, e são solicitados mais de 41.000 doadores por dia -cada um doando 500 ml. Enquanto cerca de 38% da população americana está apta a doar, apenas 10% realmente doa, o que não é suficiente para suprir tamanha demanda. Porém, o uso de sangue sintético pode mudar tudo.
A ideia pode parecer vinda de obras de fantasia, mas uma equipe de pesquisa da Romênia conseguiu resultados encorajadores em suas primeiras tentativas em utilizar sangue manufaturado em laboratório. Esse sangue é composto de ingredientes padrão, como água, sal e albumina, mas também contém proteínas de fontes inusitadas: minhocas marinhas. Essa proteína de ferro, hemeritrina, é responsável pelo transporte e armazenamento de oxigênio. Ela tem o benefício de ser resistente a impactos, o que era considerado um desafio em outras tentativas de produzir sangue sintético (essa outras fórmulas nao resistiam ao estresse e acabavam se tornando tóxicas), e é a única proteína a ser bem sucedida nesse aspecto até agora.
As tentativas foram feitas utilizando camundongos e continuarão assim até que os resultados se mostrem repetidamente conclusivos de que o sangue sintético não demonstra probabilidades de toxicidade. O líder da equipe, Radu Silaghi-Dumitrescu da Babes-Bolyai University, especula que em dois anos a fórmula estará pronta para testes em humanos. Esses testes "representam um risco enorme" e Silaghi-Dumitrescu quer se assegurar que todas as preocupações com a segurança sejam deixadas para trás.
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