A luz do vaga-lume é um processo natural, que os cientistas chamam de
bioluminescência. A luz destes besouros luminosos é produzida a partir de uma
reação química com muita energia. Essa energia química é convertida em energia
luminosa, sem que haja produção de calor. Por isso, a luz do bicho é fria, e
ele não se aquece quando a emite.
A reação química que acontece no corpo do inseto é chamada de oxidação
biológica. Existem quatro substâncias fundamentais para o organismo do
vaga-lume emitir luz: oxigênio, o combustível (ou substrato) luciferina, a
enzima chamada luciferase, e o ativador trifosfato de adenosina (ATP). Todos os
seres vivos possuem ATP, que é a principal fonte energética usada pelo
metabolismo das células. No caso dos vaga-lumes, essa energia é usada para
emissão de luz.
O processo começa quando uma parte do oxigênio que o inseto respira é
enviada para dentro de células especiais chamadas fotócitos. Nestas células, a
enzima luciferase ativa a luciferina com a energia do ATP e em seguida
insere o oxigênio para oxidar a molécula de luciferina. Esta reação
luciferina/ATP/oxigênio, catalisada pela luciferase, produz uma molécula de
oxiluciferina no estado fluorescente.
A reação da luciferina com oxigênio na presença da luciferase e do ATP
só ocorre dentro dos fotócitos. Juntas, essas células especiais formam um
tecido chamado lanterna, que é banhado de terminais de traqueias, que conduzem
o oxigênio inspirado, e está conectado por neurotransmissores ao cérebro do
bicho. Assim, o vaga-lume só se acende quando quiser.
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