quarta-feira, 27 de novembro de 2013

A toxina da carambola

Em um estudo iniciado em 1998, pesquisadores da Escola de Ciências Farmacêuticas e da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto conseguiram identificar uma substância presente na carambola que tem potencial efeito indutor de crises de soluços, vômito, confusão mental, agitação psicomotora, convulsões prolongadas (estado de mal epiléptico) e até a morte.

A substância, denominada de caramboxina, não é filtrada pelos rins e assim tem seu efeito potencializado. Para conseguir isolar essa substância os pesquisadores Norberto Peporine Lopes e Norberto Garcia-Cairasco tiveram muito trabalho já que ela se torna inativa em presença de água e em temperatura ambiente, mesmo assim eles conseguiram isolá-la e estudá-la com a ajuda de diversas áreas do conhecimento.

Os animais utilizados para os testes ingeriram um suco concentrado de carambola, e como já tinham insuficiência renal, apresentaram convulsões e óbitos. Isso apresenta um risco para pessoas que possuem esse tipo de problema, que tem grande sensibilidade renal, ou indivíduos diabéticos em que esse efeito pode ser ocasionado.

Os resultados desse estudo, além da identificação dessa potencial toxina, servem como ferramentas de estudos de neurodegeneração do sistema nervoso e a substância também pode server como um antagonista, entrando no lugar de ação de outras substâncias.

Para mais informações, clique aqui.

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