
Atualmente,
o diagnóstico definitivo do Alzheimer é feito somente após a morte do paciente
com a análise de partes do cérebro. "Fomos atrás de marcadores [da doença]
no sangue, porque trabalhos científicos recentes já consideram o Alzheimer como
uma doença sistêmica e não exclusiva do cérebro", explicou a professora
Tania Marcourakis, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da USP.
Em uma primeira etapa, foram estudados três compostos
presentes no sangue, cujos níveis variam de acordo com o envelhecimento:
monofosfato cíclico de guanosina (GMP cíclico), óxido nítrico sintase (NOS) e
substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (Tbars).
Com objetivo de identificar se o que foi percebido no
sangue também ocorre no cérebro, a pesquisa entrou em uma segunda fase com a
análise do cérebro de ratos. O trabalho foi feito em parceria com o professor
Cristóforo Scavone, do Departamento de Farmacologia. "Percebemos duas
coisas importantes: no envelhecimento do rato acontecia a mesma coisa que no
humano e a mesma coisa que a gente achava no sangue, também encontrava no
cérebro. Isso foi muito importante para validar o nosso modelo: o que você
analisa no sangue, está refletido no cérebro", disse a pesquisadora.
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