domingo, 28 de abril de 2013

Cientistas revertem problemas de memória em laboratório

Neurocientistas do Centro de Saúde e Ciência da Universidade do Texas utilizam lesmas-do-mar para estudar a memória. Da direita para a esquerda: Yili Zhang, Jack Byrne e Rong-Yu Liu
Pesquisadores segurando a lesma-do-mar
Pesquisadores do Centro de Saúde e Ciência da Universidade do Texas, em Houston, nos Estados Unidos, estão realizando estudos em células cerebrais de um tipo de lesma-do-mar, Aplysia californica, na tentativa de reverter problemas em células relacionadas à memória.  

Os autores provocaram problemas neuronais relacionados à memória em uma cultura de células nervosas de Aplysia californica. Eles bloquearam a atividade de um gene que produz uma proteína relacionada à memória. Isso afetou a intensidade das conexões entre os neurônios, que são responsáveis pela memória de longo prazo.

Para simular o que acontece no cérebro de um animal que está sendo treinado a aprender algo, os pesquisadores adicionavam serotonina à cultura de células em intervalos irregulares, previstos por um modelo matemático.
Depois de cinco sessões, a força das conexões neurais estava novamente próxima do normal nas células que haviam sido afetadas. Isso significa que, mesmo com o problema de memória criado pelos pesquisadores, aquelas células estavam aptas a aprender e utilizar a memória tanto quanto células sem nenhum problema.
"Esse método pode ser aplicado em humanos se nós conseguirmos identificar o mesmo processo bioquímico. Nossos resultados sugerem uma nova estratégia para o tratamento de deficiências cognitivas. Os modelos matemáticos podem ajudar a desenvolver terapias que combinem os treinamentos e o tratamento com remédios", afirma o pesquisador Byrne.


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