quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Terapia gênica devolve olfato a camundongos


Pesquisadores da Universidade de Michigan, com o auxilio da terapia gênica, conseguiram restaurar o olfato em camundongos que eram portadores de um problema genético que os impedia de desenvolver tal sentido.
A doença se relaciona com os cílios celulares, que são pequenas cerdas que ficam em volta de cada célula do corpo. Essas células são encontradas em maior quantidade no revestimento interno da traqueia e dos brônquios e funcionam como antenas que percebem o ambiente, sendo essenciais para o sentido olfativo.

Os pontos em verde e amarelo são os cílios das
células nervosas  do nariz vistas do microscópio


A deficiência é causada por uma mutação no gene IFT88, que prejudica o crescimento e o funcionamento dos cílios. Uma das consequências desse problema era que esses camundongos acabam por se alimentar pouco já que o apetite de muitos mamíferos é motivado pelo olfato.
Os cientistas inseriram genes IFT88 saudáveis em uma amostra de vírus de gripe comum. Depois eles contaminaram alguns camundongos com ele, como resultado os vírus espalharam os genes saudáveis nas células dos camundongos.
Depois, os cientistas começaram a monitorar o comportamento dos camundongos para observar a possível recuperação dos cílios. A pesquisa mostrou que após 14 dias os camundongos aumentaram em 60% seu peso corporal, o que indica uma melhora significativa da alimentação. Alem disso, constatou-se que os neurônios envolvidos no processo olfativo começaram a reagir quando estimulados com produtos com cheiro forte.
Ratos  capazes de encontrar comida após a restauração do olfato
O foco da pesquisa é tratar pessoas que nasceram sem olfato, mas os cientistas acreditam que o método também pode ser utilizado para pessoas que perderam a capacidade de sentir cheiro durante a vida. Eles também esperam contribuir com o tratamento de outras doenças na estrutura ciliar, como o rim policístico e a síndrome de Alstrom.

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