segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Gene resistente à seca isolado na Argentina




     A Bióloga Raquel Chan conseguiu isolar um gene resistente à seca que, enxertado em soja, milho e trigo, promete multiplicar rendimentos em uma verdadeira revolução biotecnológica.                           
    À frente do Instituto de Agrobiotecnologia da Universidade Nacional do Litoral (UNL), Chan coordenou um grupo de pesquisas que estudou o girassol e conseguiu identificar em seu complexo genoma o gene HAHB-4, que o torna resistente à seca e à salinidade do solo.
   Segundo ela, "quanto pior for a condição climática, maior é a diferença a favor da planta manipulada com relação à não manipulada".
      Ser resistente à seca não significa que a soja crescerá no deserto, tem que haver um pouco de água. Será possível cultivar terras com um regime pluviométrico de 500 mm ao ano, o que é muito pouco, e onde hoje não há nada. Claro que nunca serão os Pampas úmidos", admite a cientista, bióloga molecular.  
      A descoberta, anunciada com pompa em fevereiro pela presidente Cristina Kirchner, promete aumentar a produtividade e os ganhos na Argentina, segundo exportador mundial de milho, primeiro de óleo e farinha de soja, terceiro de grãos desta oleaginosa e quarto fornecedor mundial de trigo.
"A biotecnologia pode dar respostas, pode ajudar a produzir mais alimentos, mas a fome se resolve com decisões políticas", adverte a cientista, formada na escola pública argentina e recebida na Universidade de Jerusalém, onde precisou se exilar durante a ditadura (1976-83).

 Confira a reportagem completa aqui.

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