sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Longe de ser “lixo”


Recente pesquisa publicada pela revista Nature, através do mega-consórcio de cientistas intitulado "Encode",  mostra um novo olhar sobre o conjunto constituinte do DNA humano.
Quando a sequência do DNA humano foi anunciada a cerca de 12 anos atrás, os pesquisadores acreditavam que cerca de 95% de sua constituição representava “DNA-lixo”, o qual não desempenhava uma função primordial para o organismo além da proteção das sequencias “fundamentais” do DNA.
Hoje, contudo, os cientistas acreditam que ao menos 80% dos 3 bilhões de "letras" químicas  constituintes da sequência genética têm alguma função. Embora não estejam diretamente ligadas à produção de proteínas, quase todas as áreas do genoma desempenham uma função eeguladora ou servem de "molde" para a produção de vários tipos de RNA. Atuam “ligando” ou “desligando” um gene e também podem fazer com que o mesmo gene produza várias proteínas diferentes, por exemplo. Além disso podem atuar um sobre o outro, potencializando ou diminuindo sua ação.
Tal descoberta é importante uma vez que reacende questões como: “Existem sequências de DNA que nos fazem 'humanos'?”; “Quais as alterações genéticas que diferenciam cada um de nós?". E também da novas esperanças para o estudo da patogênese de inúmeras doenças e a relação do genoma com a sua ocorrência.

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