Recente pesquisa publicada pela revista
Nature, através do mega-consórcio de cientistas intitulado "Encode", mostra um novo olhar sobre o conjunto constituinte do DNA humano.
Quando a sequência do DNA humano foi
anunciada a cerca de 12 anos atrás, os pesquisadores acreditavam que cerca de
95% de sua constituição representava “DNA-lixo”, o qual não desempenhava uma
função primordial para o organismo além da proteção das sequencias “fundamentais”
do DNA.
Hoje, contudo, os cientistas acreditam
que ao menos 80% dos 3 bilhões de "letras" químicas constituintes da sequência genética têm alguma
função. Embora não estejam diretamente ligadas à produção de proteínas, quase
todas as áreas do genoma desempenham uma função eeguladora ou servem de
"molde" para a produção de vários tipos de RNA. Atuam “ligando” ou “desligando”
um gene e também podem fazer com que o mesmo gene produza várias proteínas
diferentes, por exemplo. Além disso podem atuar um sobre o outro, potencializando
ou diminuindo sua ação.
Tal descoberta é importante uma vez que
reacende questões como: “Existem sequências de DNA que nos fazem 'humanos'?”; “Quais
as alterações genéticas que diferenciam cada um de nós?". E também da
novas esperanças para o estudo da patogênese de inúmeras doenças e a relação do
genoma com a sua ocorrência.
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