Pela
primeira vez, pesquisadores encontraram uma mutação genética que confere forte
proteção contra o Alzheimer. A descoberta pode orientar futuras pesquisas sobre
mecanismos de prevenção e tratamento da doença, até hoje sem cura.
Caracterizado pela perda de memória, da capacidade de realizar
tarefas cotidianas e pela degeneração das funções motoras, o Alzheimer se
manifesta no cérebro pela presença de placas entre os neurônios e pela formação
de emaranhados de uma proteína no interior da célula nervosa.
O estudo, liderado pelo pesquisador Kari Stefansson, da
Faculdade de Medicina da Universidade da Islândia, constatou que, além de
apresentar menos risco de ter a doença, os idosos portadores da mutação tiveram
desempenho cognitivo superior aos demais sem o tratamento.
Para a realização dessa pesquisa, os pesquisadores analisaram o
genoma de 1.795 pessoas.
O grupo controle - composto por idosos com mais de 85 anos que
não apresentavam declínio cognitivo - teve uma probabilidade 5,29 vezes maior
de apresentar essa mutação em comparação aos portadores da doença.
Embora a mutação seja rara - estava presente em 0,62% dos idosos
saudáveis e em 0,13% dos pacientes com Alzheimer - o caráter protetor contra a
doença foi considerado forte.
Apesar de todas as
descobertas, hoje, o tratamento disponível para a doença de Alzheimer é
sintomático: apenas promove a melhora de algumas funções do cérebro lesadas
pela doença, mas não atua na origem do problema.
Nenhum comentário:
Postar um comentário