terça-feira, 4 de setembro de 2012

Pesquisa revela que mutação protege contra Alzheimer


Pela primeira vez, pesquisadores encontraram uma mutação genética que confere forte proteção contra o Alzheimer. A descoberta pode orientar futuras pesquisas sobre mecanismos de prevenção e tratamento da doença, até hoje sem cura.
Caracterizado pela perda de memória, da capacidade de realizar tarefas cotidianas e pela degeneração das funções motoras, o Alzheimer se manifesta no cérebro pela presença de placas entre os neurônios e pela formação de emaranhados de uma proteína no interior da célula nervosa.
O estudo, liderado pelo pesquisador Kari Stefansson, da Faculdade de Medicina da Universidade da Islândia, constatou que, além de apresentar menos risco de ter a doença, os idosos portadores da mutação tiveram desempenho cognitivo superior aos demais sem o tratamento.
Para a realização dessa pesquisa, os pesquisadores analisaram o genoma de 1.795 pessoas.
O grupo controle - composto por idosos com mais de 85 anos que não apresentavam declínio cognitivo - teve uma probabilidade 5,29 vezes maior de apresentar essa mutação em comparação aos portadores da doença.
Embora a mutação seja rara - estava presente em 0,62% dos idosos saudáveis e em 0,13% dos pacientes com Alzheimer - o caráter protetor contra a doença foi considerado forte.
Apesar de todas as descobertas, hoje, o tratamento disponível para a doença de Alzheimer é sintomático: apenas promove a melhora de algumas funções do cérebro lesadas pela doença, mas não atua na origem do problema.

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