O projeto "Eliminar a dengue: Desafio Brasil" deve entrar em vigor no segundo semestre em 2014. O método foi desenvolvido e já testado na Austrália, mostrando-se muito eficiente. A pupolação de insetos transmissores da dengue foi completamente susbtituida pelos mosquitos "vacinados" e mesmo 18 meses depois as áreas continuam 100% livres da variante que transmite a doença.
O trabalho, no Brasil ainda em fase de testes, consiste em na inoculação laboratorial de uma variante da bactéria Wolbachia em embriões do mosquito. Essa bactéria é encontrada em 70% dos animais na naturza, incluindo os pernilongos "comuns". Uma vez no organismo do mosquito, essa bactéria impede o desenvolvimento do vírus da dengue.
Luciano Moreia, pesquisador da Fiocruz e chefe do projeto afirma que o método é extremamente seguro, pois a bactéria usada já faz parte do dia a dia. Sendo assim, não se trata de uma alteração genética ou introdução de um micro-organismo novo.
Uma vez introduzida na população de mosquitos, a Wolbachia se espalha com certa facilidade, embora a contaminação seja apenas vertical, ou seja, dos pais para a prole. Um benefício é que os mosquitos infectados tem mais sucesso na reprodução. Comparativamente com os "comuns", as fêmeas com Wolbachia produzem mais ovos, que vão originar mosquitos imunes à doença.
Antes de iniciar os testes com os mosquitos na natureza, os cientistas vão fazer pequenas adaptações no método desenvolvido da Austrália. "Os vírus que circulam nos dois países têm algumas diferenças. Isso
precisa ser levado em consideração", explica Luciano Moreira.
Referências bilbiográficas: Folha de São Paulo
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