
Agora ela e seus colaboradores hipotetizam que a interferência na PrPc, ou príon celular, pode ajudar a bloquear o desenvolvimento de outras enfermidades do sistema nervoso central, como o Alzheimer e o glioblastoma, o tumor cerebral mais agressivo que se conhece.
Experimentos feitos em células neuronais in vitro e in vivo (em animais) indicam que a alteração na quantidade de uma proteína que se liga à PrPc e a ativa impede a morte de neurônios, mesmo na presença de compostos tóxicos. Um fragmento dessa outra proteína também tem se mostrado eficiente em testes in vitro para parar a reprodução dos astrócitos, que se multiplicam descontroladamente, gerando o glioblastoma.
O controle da infecção da vaca louca nos diferentes ambientes se une a estudos sobre estruturas e a conversão do príon celular em príon infeccioso. Um exemplo são os estudos desenvolvidos na Universidade de Alberta que tenta identificar por que a proteína saudável se desenovela e assume outra estrutura, tóxica aos neurônios. No caso do príon, acredita-se que o simples contato com uma proteína alterada gere um príon defeituoso.
O príon pode estar relacionado também com outras doenças, como o mal de Parkinson e a esclerose lateral amiotrófica. Segundo a Vilma, parece haver um mecanismo comum por trás dessas enfermidades.
Ainda pode haver um outro elo entre o mal da vaca louca e a doença de Alzheimer. Neste caso clínico, a PrPc encontra-se saudável, ao contrário do caso da vaca louca - na qual os príons infectados, ao entrar em contato com os saudáveis, tornam-os defeituosos - porém o efeito protetor exercido por ela é bloqueado pelo oligômero beta-amiloide.
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