A Geron possui a primeira licença da Administração de Alimentos e Drogas dos EUA para o uso das células controversas no tratamento de pacientes com lesões recentes na medula espinhal.
"O paciente foi cadastrado no Shepherd Center, hospital com 132 leitos e centro de pesquisas clínicas sobre reabilitação de lesões cerebrais e da medula espinhal, situado em Atlanta, Geórgia", disse a Geron em comunicado à imprensa.
"O Shepherd Center é um dos sete centros potenciais nos EUA que poderão cadastrar pacientes no teste clínico." A Universidade Northwestern, em Chicago, também está pronta para cadastrar pacientes.
As células-tronco usadas pela Geron vêm de embriões humanos excedentes de tratamentos de fertilidade. Foram manipuladas para se tornarem precursoras de determinados tipos de células nervosas.
A esperança é que as células-tronco se desloquem até o local de uma lesão medular recente e liberem compostos que ajudem os nervos lesionados da medula a se regenerarem.
O teste de Fase 1 não terá por objetivo curar pacientes, mas determinar se as células são seguras para uso. Pelas diretrizes definidas para o teste, os pacientes devem apresentar lesões muito recentes.
A Geron disse que o Shepherd Center vai manter em sigilo as informações sobre o pacientes.
"Quando começamos a trabalhar com células-tronco embriônicas humanas, em 1999, muitos previram que várias décadas se passariam antes de a terapia celular ser aprovada para testes clínicos com humanos", disse em comunicado o presidente e executivo-chefe da Geron, Thomas Okarma.
Como a Geron fez todo seu trabalho com verbas próprias, ela não é sujeita às limitações impostas ao financiamento federal de pesquisas com células-tronco embriônicas humanas.
O governo dos EUA está atualmente envolvido em uma disputa legal em torno das células-tronco. Semanas depois de tomar posse, em 2009, o presidente Barack Obama emitiu uma ordem executiva reduzindo as restrições ao financiamento federal das pesquisas com células-tronco embriônicas humanas.
Os adversários do uso das células-tronco dizem que é errado utilizar um embrião humano para produzir as células, e dois pesquisadores processaram os Institutos Nacionais de Saúde. Uma corte federal de apelações decidiu continuar a autorizar o financiamento federal dos estudos até que a ação seja julgada.
Reuters
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