Pesquisadores da
Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) estão desenvolvendo uma nova classe
de materiais poliméricos, que apresentam melhores propriedades mecânicas,
ópticas e de transporte do que os convencionais, e ainda pode auxiliar a
baratear o custo dos polímeros biodegradáveis disponíveis atualmente no
mercado.
Essa troca ainda
esbarra no alto custo dos poucos tipos de polímeros que são degradados em
poucos anos pela ação de microrganismos e agentes naturais (biodegradáveis) –
enquanto a decomposição dos polímeros convencionais leva séculos.
Os novos materiais, compostos por partículas
cerâmicas e poliméricas de ordem nanométricas, são adequados para aplicações em
embalagens, uma vez que o sistema permanece transparente, limitação essa que
diversos polímeros comerciais apresentam.
“A combinação de nanopartículas com a matriz
polimérica confere melhores propriedades mecânicas, ópticas e de transporte ao
plástico final. No caso, por exemplo, de produtos como sacolas plásticas,
também possibilita diminuir a quantidade de polímero biodegradável e o custo do
material final, melhorando suas propriedades mecânicas e de transporte e
mantendo a capacidade de mais rápida degradação em comparação com os polímeros
tradicionais”, disse Rosário Elida Suman Bretas, coordenadora do projeto.
Assim, ao
misturá-los com outros polímeros em escala nanométrica que apresentam um
comportamento mais adequado para serem utilizados como embalagem, originando o
que se chama de nanoblenda, é possível melhorar as propriedades e manter o
sistema polimérico transparente.
A mistura de plástico e cerâmica pode ter uso na
medicina no desenvolvimento de nanofibras e também na área ambiental como
sensor de medição de PH (acidez).
Entretanto, um dos
desafios tecnológicos com que os pesquisadores se defrontam para realizar essas
misturas de polímeros é compatibilizar as características deles. Apesar de
terem a mesma origem (são todos orgânicos), eles apresentam propriedades e
características diferentes.
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