quarta-feira, 2 de maio de 2012

Células solares líquidas?


Uma "gota" de células solares líquidas dispersa-se
pela solução condutora, estando pronta para ser
impressa sobre plástico ou outras superfícies


Cientistas do Laboratório Nacional Los Alamos, nos Estados Unidos, descobriram, há cerca de 6 anos, nanocristais capazes de revolucionar as células solares. Esses nanocristais utilizados na construção de células solares produzem uma "avalanche de elétrons", ou seja, cada fóton absorvido produz entre dois e três elétrons, gerando uma corrente elétrica muito maior que as correntes geradas pelas células solares tradicionais.


Esses pontos quânticos medem cerca de 4 nanômetros (ou seja, em uma cabeça de alfinete cabem 250 bilhões deles) e são sólidos. Por serem tão pequenos,  flutuam em meio líquido, o que possibilita sua aplicação como se fosse uma tinta, possibilitando a produção de células solares eficientes e baratas.

Os cientistas, agora, buscam um líquido estável e condutor elétrico para que essa matéria-prima possa ser usada.

Em labotatório, os pesquisadores vêm usando moléculas orgânicas para evitar que os nanocristais se aglomerem (e, causando perda da área de contato com os fótons), porém essas mmoléculas orgânicas são más condutoras de eletricidade, reduzindo, assim, o rendimento do potencial das células solares desenvolvidas.

Para tentar solucionar isso, cientistas da Universidade do Sudeste da Califórnia, David Webber e Richard Brutchey, desenvolveram uma solução que funciona como revestimento desses pontos quânticos (mesmo resultado que as moléculas orgânicas davam). A vantagem é que esse líquido, além de funcionar em temperatura relativamente baixa (permitindo a fabricação de células solares de plástico, e não só de vidro), é feito de seleneto de cádmio, um material semicondutor elétrico, o que otimiza a transferência de elétrons e faz com que o rendimento das células seja mais alto.

O ponto negativo da descoberta é que o cádmio é tóxico e, por isso, sofre restrições em sua aplicabilidade em escala industrial. Por esse motivo, as pesquisas continuam e os pesquisadores estão trabalhando em outros semicondutores, dessa vez não tóxicos e que trabalhem bem em baixa temperatura.



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