terça-feira, 2 de julho de 2013

Curiosidades: DNA dá vida a materiais inertes



Um colóide é uma substância espalhada uniformemente dentro de uma outra substância. Exemplos incluem o leite, o isopor, sprays, tintas, espuma de barbear, gel e até mesmo poeira, lama e neblina. Uma das propriedades mais interessantes dos colóides é a sua capacidade de automontagem, a capacidade para se agregarem espontaneamente em estruturas bem definidas, impulsionadas por nada além de interações locais entre as próprias partículas que formam o colóide.

A automontagem tem atraído grande interesse na indústria, já que ela abre a possibilidade de toda uma série de novas tecnologias. Cientistas da Escola Politécnica Federal de Lausanne, na Suíça, juntamente com colegas do Reino Unido e da França, descobriram uma técnica para controlar e dirigir a automontagem de dois colóides diferentes.

Com a automontagem, as partículas de um colóide podem formar espontaneamente um arranjo estrutural estável como resultado do formato e da direção dessas partículas conforme elas interagem com o meio de dispersão. Embora nenhuma força externa seja necessária, a automontagem geralmente ocorre em resposta a uma alteração em um fator ambiental como temperatura ou incidência de luz, por exemplo.

Nos colóides biológicos, como DNA, proteínas e outras macromoléculas, a automontagem é geralmente o primeiro passo para a auto-organização, que está na base de muitas estruturas celulares. Tirando proveito da seletividade do emparelhamento das bases do DNA, os cientistas descobriram ser possível alcançar um nível de controle sem precedentes da morfologia dos colóides. De tal maneira, guiados pelo emparelhamento das bases do DNA, os colóides montam-se de forma programada e autônoma, sem qualquer intervenção a não ser o aumento da temperatura da solução.

Os pesquisadores concluíram que esta abordagem não se restringe a objetos em escala nano, como outros métodos de automontagem explorados até agora, podendo ser aplicada a toda a gama de dimensões coloidais. Eles prevêem que esta técnica poderá ter inúmeras aplicações, como por exemplo, criar tintas que reagem à luz ou curativos inteligentes que respondem a alterações de temperatura ou do pH do corpo, podendo então liberar um antibiótico ou antipirético.

Para mais informações, clique aqui.

Nenhum comentário:

Postar um comentário