A doença de
Parkinson atinge o sistema nervoso central, provocando tremores, dificuldade
para caminhar, se movimentar e se coordenar. A principal causa dessa doença é a
morte de neurônios, em especial, na área do cérebro conhecida como substância
negra, responsável pela produção de dopamina, um neurotransmissor cuja ausência
resulta na perda progressiva do controle motor.
Atualmente, o
principal tratamento para o Mal de Parkinson baseia-se na reposição de
dopamina. Essa técnica ameniza os sintomas, entretanto, não impede a
degeneração dos neurônios produtores de dopamina. Diante da falta de
alternativa de tratamentos que definitivamente impediriam a evolução da doença,
Márcia Renata Mortari, pesquisadora e professora da UnB, começou a testar o
veneno de vespa em ratos com lesão cerebral.
Durante os
testes realizados em ratos, um dos peptídeos presentes no veneno que foi
injetado apresentou bons resultados. Após receberem um tratamento de quatro
dias, com doses diárias desse peptídeo, houve melhorias nos testes
comportamentais de equilíbrio e coordenação motora, nos quais não expressaram mais
os principais sintomas do Parkinson.
No final do
experimento, foi feita uma contagem de neurônios produtores de dopamina.
Notou-se que o peptídeo tem uma ação neuroprotetora, visto que preservou uma
quantidade de células nervosas dos ratos que receberam as doses diárias. De
acordo com a pesquisadora, o peptídeo impediu que mais neurônios morressem, mas
não reverteu a condição dos que já estavam degenerados. A meta do teste é que o
composto seja capaz de impedir a progressão da doença. Estes foram apenas
resultados iniciais, e testes como esse em humanos ainda devem levar muitos
anos de pesquisa até que sejam feitos.
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