O monóxido de carbono (CO) é um
gás inodoro e incolor, resultado da combustão incompleta, que ocorre na
presença de poucas quantidades de oxigênio, de combustíveis como gasolina,
querosene, carvão ou madeira. Está presente na fumaça de cigarros e acontece em
significativa proporção em grandes centros urbanos, pela emissão nos
escapamentos dos automóveis.
Em presença de grandes
quantidades de monóxido de carbono, os sintomas começam a aparecer: tontura,
dores de cabeça e até desmaios. Por ser imperceptível aos sentidos humanos,
trás um alto risco de intoxicação num processo lento, de maneira que a vitima
só percebe após inalar altas doses.
A toxicidade desse gás é devido a
sua afinidade com as moléculas de hemoglobina, cuja função é o transporte de
oxigênio pelo corpo. O CO toma o lugar do oxigênio nessas moléculas, formando a
carboxihemoglobina, atrapalhando a oxigenação dos tecidos.
O monóxido de carbono pode,
porém, colaborar com algumas de suas propriedades, existindo propostas de uso
terapêutico dessa molécula, partindo do princípio de que esta é produzida pelo
próprio organismo e tem participação em alguns processos biológicos. Em alguns
testes feitos em ratos, a inalação de doses menores que a da capacidade de
transporte de oxigênio pela hemoglobina pôde desencadear a proteção de alguns
tecidos contra lesões orgânicas, diminuindo as áreas de enfartes e reduzindo a
inflamação em casos de asma. O dado mais interessante é da boa recuperação de
pacientes que receberam órgãos de vítimas de intoxicação por CO, o que pode
propor a utilização desse gás para a preservação de órgãos para transplante.
Com isso, questiona-se se existe um limiar de segurança para o uso desse tipo de terapia em humanos. Apesar da facilidade de acesso ás moléculas, fornecê-las de maneira segura às células ainda é uma dificuldade a ser enfrentada.
Referência
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