quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Curiosidades: o monóxido de carbono



O monóxido de carbono (CO) é um gás inodoro e incolor, resultado da combustão incompleta, que ocorre na presença de poucas quantidades de oxigênio, de combustíveis como gasolina, querosene, carvão ou madeira. Está presente na fumaça de cigarros e acontece em significativa proporção em grandes centros urbanos, pela emissão nos escapamentos dos automóveis.


Em presença de grandes quantidades de monóxido de carbono, os sintomas começam a aparecer: tontura, dores de cabeça e até desmaios. Por ser imperceptível aos sentidos humanos, trás um alto risco de intoxicação num processo lento, de maneira que a vitima só percebe após inalar altas doses.


A toxicidade desse gás é devido a sua afinidade com as moléculas de hemoglobina, cuja função é o transporte de oxigênio pelo corpo. O CO toma o lugar do oxigênio nessas moléculas, formando a carboxihemoglobina, atrapalhando a oxigenação dos tecidos.


O monóxido de carbono pode, porém, colaborar com algumas de suas propriedades, existindo propostas de uso terapêutico dessa molécula, partindo do princípio de que esta é produzida pelo próprio organismo e tem participação em alguns processos biológicos. Em alguns testes feitos em ratos, a inalação de doses menores que a da capacidade de transporte de oxigênio pela hemoglobina pôde desencadear a proteção de alguns tecidos contra lesões orgânicas, diminuindo as áreas de enfartes e reduzindo a inflamação em casos de asma. O dado mais interessante é da boa recuperação de pacientes que receberam órgãos de vítimas de intoxicação por CO, o que pode propor a utilização desse gás para a preservação de órgãos para transplante.
 
Com isso, questiona-se se existe um limiar de segurança para o uso desse tipo de terapia em humanos. Apesar da facilidade de acesso ás moléculas, fornecê-las de maneira segura às células ainda é uma dificuldade a ser enfrentada. 


Referência

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