quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Cafeína - combate ao sono e ao câncer de pele


Molécula da Cafeína
Há algum tempo, a cafeína, substância largamente utilizada como estimulante, já tem sido relacionada com a redução do câncer de pele. Pesquisadores da Universidade de Rutgers, localizada no estado de New Jersey, no EUA, descobriram que adicionar cafeína ao protetor solar pode ser muito eficiente.

Eles afirmam que quando combinada com protetor solar, a cafeína, que inibe um gene crucial para o crescimento do melanoma, pode promover a morte de células danificadas pelos raios UV.

Allan Conney, membro do departamento de biologia química da Universidade, queria encontrar os mecanismos moleculares específicos por trás disso. Ele suspeita que a resposta possa envolver um gene chamado ATR, que é não é expresso quando as moléculas de cafeína estão presentes ao seu redor. Esta supressão resulta na morte da maioria células com DNA danificado.

Conney testou a idéia criando camundongos geneticamente modificados, cujos genes ATR eram deficientes. Ele os expos à luz ultravioleta até que desenvolvessem câncer de pele, facilitado pela tal deficiência. Após 19 semanas de exposição aos raios UV, ele descobriu que esses camundongos desenvolveram 69% menos tumores do que aqueles que tinha pleno funcionamento dos genes ATR. 
 
Comprovada a relação entre o genes ATR e o câncer de pele, percebe que a inibição desse, produzida pela cafeína, pode ter um futuro promissor na luta contra esse tipo específico de câncer.

Leia a reportagem original em:
http://gizmodo.com/5831341/sunscreen-%252B-caffeine--skin-cancer-killer?tag=science

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Conexão artificial a neurônios devolve movimento a membros paralisados


Cientistas utilizam a biotecnologia para desenvolver um aparelho que faz uma transmissão artificial no sistema nervoso humano, fazendo com que pessoas que perderam a capacidade de movimentar seus músculos, possam comandá-los através de um pequeno aparelho, que se liga ao cérebro por eletrodos.


Cientistas da Universidade de Washington, em Seattle, nos Estados Unidos, implantaram eletrodos no cérebro de dois macacos. Cada eletrodo captava sinais de um único neurônio e estes sinais eram encaminhados para o computador através de um circuito externo. Os sinais nervosos controlaram um cursor na tela e os macacos foram treinados a mover o cursor usando apenas sua atividade cerebral.

Depois disso, os cientistas paralisaram temporariamente o pulso dos macacos usando anestesia local. Eles reencaminharam os sinais dos eletrodos para distribuir sinais elétricos para os músculos do pulso e descobriram que os macacos poderiam controlar seus membros paralisados usando a mesma atividade cerebral. Os macacos aprenderam a fazer isso em menos de uma hora.

A tecnologia ainda é limitada a músculos paralisados temporariamente. Mas, para o futuro, os pesquisadores buscam desenvolver um dispositivo semelhante que possa ser útil para permitir que indivíduos com paralisias severas acendam a luz, pressionem um botão ou segurem uma xícara de café.

Segundo os cientistas, fazer conexões diretas do cérebro para o músculo poderia evitar o pesado processamento via computador necessário para decodificar os sinais que alimentam os braços robóticos e outras próteses, como acontece nos experimentos realizados até hoje, pois a pesquisa da Universidade de Washington se baseou num chip alimentado por bateria do tamanho de um celular. Futuramente, o chip pode ficar bem menor.

"Já temos muitos eletrônicos que podem ser colocados dentro de um bolso de camisa. Esperamos em alguns anos ter esse equipamento pequeno o suficiente para ser implantado sob a pele, como um marca-passo", declarou o coordenador da pesquisa, Chet Moritz.

Leiam o artigo original da REVISTA NATURE no link: <http://www.nature.com/news/2008/081015/full/news.2008.1170.html>

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Regulamentação de Organismos Geneticamente Modificados

Eles estão nos alimentos que compramos no supermercado, nos remédios e vacinas que previnem de graves doenças e até no combustível dos veículos que usamos como meios de transporte. Embora estejam presentes no cotidiano dos brasileiros, os organismos geneticamente modificados (OGM), seus benefícios e aplicações ainda são desconhecidos por grande parte da população. E quando trata-se do uso dos produtos geneticamente modificados na produção agrícola, mais conhecidos como transgênicos, a falta de informações científicas sobre o tema corrobora para aumentar o receio da população, às vezes desnecessário, sobre os possíveis riscos que estes produtos oferecem à saúde e ao meio ambiente.


"O nosso desafio é mostrar ao cidadão que ele está consumindo um produto seguro. Antes de chegar às prateleiras, uma série de estudos e testes foram realizados. O Brasil possui vários centros de excelência em pequisa na área de biotecnologia, além de um sistema regulatório bastante exigente e sólido", afirmou a diretora-executiva do Conselho de Informações sobre Biotecnologia (CIB), Adriana Brondani. O CIB é uma organização não-governamental que tem como objetivo promover a divulgação de informações científicas sobre biossegurança, biotecnologia e seus benefícios.

A aprovação dos transgênicos no Brasil é de responsabilidade, desde 2005, da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CNTBio). Trata-se de uma instância colegiada, ligada ao Ministério da Ciência e Tecnologia, formada por cientistas e especilistas na área. "Temos uma regulamentação segura e responsável", afirmou Adriana Brondani.

O Brasil é o segundo maior produtor mundial de transgênicos, atrás apenas dos Estados Unidos. Entre os produtos  mais cultivados estão a soja, o milho e o algodão. A Europa, apesar de ser pioneira em pesquisas na área de biotecnologia, cujos primeiros registros de organismos geneticamente modificados datam de 1983, na Bélgica, possui um sistema regulamentatório complexo, onde os aspectos políticos prevalecem em relação ao científico.

"As pessoas contrárias ao cultivo dos transgênicos exercem uma forte pressão no governo, que prefere não contrariar a população. As proibições dos transgênicos muitas vezes são ilegais porque o governo não consegue comprovar cientificamente que os produtos são nocivos à saúde e ao meio ambiente", afirmou a pesquisadora da Universidade de Gent, na Bélgica, Sylvia Burssens. Ressaltou ainda que os europeus sentem dificuldade em enxergar os benefícios dos transgênicos, já que não sofrem com a falta de alimentos e também que até hoje, não há nenhuma evidência científica associando os OGMs a maiores riscos para o meio ambiente ou para a alimentação.



domingo, 9 de outubro de 2011

Substância encontrada no vinho tinto teria capacidade de acabar com câncer de mama


Uma substância química encontrada no vinho tinto pode parar o câncer de mama, de acordo com uma nova pesquisa. Os testes em laboratório mostraram que o resveratrol, encontrado na casca da uva, poderia impedir o desenvolvimento da doença, bloqueando os efeitos do hormônio estrógeno.

Os cientistas disseram que a descoberta, publicada na revista Faseb, tem importantes implicações para o tratamento de pacientes. Sebastiano Ando, da Universidade de Calabria, na Itália, afirma: "Resveratrol é um potencial fármaco que pode ser explorado quando o câncer de mama se torna resistente à terapia hormonal."

A substância química também é encontrada em blueberries, amendoins e cranberries.

O resveratrol bloqueia o caminho do estrogênio ao combinar com o DNA no corpo da mulher para espalhar células tumorais, transformando-as em malignas.

A pesquisa descobriu que o crescimento de células de câncer de mama era reduzido drasticamente quando eram tratadas com o ingrediente natural, enquanto nenhuma alteração foi observada nas células que não foram tratadas.

Outros experimentos revelaram que o efeito estava relacionado a uma redução nos níveis de receptor de estrogênio causada pelo próprio resveratrol.

Ainda que a descoberta possa ajudar muitas pessoas, o médico e editor-chefe da revista Faseb, Gerald Weissman, aponta que de maneira alguma as pessoas devem sair e começar a usar vinho tinto ou outros suplementos para tratar o câncer de mama.

sábado, 8 de outubro de 2011

Matador de vírus turbinado

Foi descoberta uma técnica simples para “turbinar” um material já conhecido, capaz de matar microorganismos. O dióxido de titânio (ou titânia), conhecido por suas propriedades antipatogênicas, especialmente contra agentes bacterianos, quando adicionado ao silicone, se torna extremamente eficaz contra vírus que se espalham tanto por meio aéreos quanto por meios líquidos.

O TiO2 é usado para matar microorganismos e decompor matéria orgânica através de fotocatálise. Também é usado como pigmento em tintas, em protetores solares e como corante alimentar. Turbinando-o com sílica, aumenta-se sua eficiência como um catalisador, sendo que, quando adicionada a quantidade correta da sílica ao dióxido de titânio, cria-se um efeito em nível molecular conhecido como encurvamento de banda (band bending). Tal efeito produz uma mudança na absorção da radiação ultravioleta, usada para ativar o catalisador. Flexionando as bandas é possível criar um caminho para os elétrons liberados pelos raios UV, que podem seguir adiante e reagir com a água, criando radicais hidroxila (oxidante responsável pela degradação dos contaminantes). O tratamento é muito simples, sendo melhorado o desempenho da nanopartícula em mais de três vezes e sem quaisquer custos reais.
Os testes do novo material foram realizados no rio Yangtze – o rio mais poluído do mundo. Mesmo com o imenso nível de contaminação viral da água, os cientistas obtiveram a destruição completa dos vírus.
Os resultados obtidos foram positivos e, surpreendentemente, os cientistas responsáveis pelas pesquisas não requereram uma patente, como havia de se esperar, mas sim, colocaram a técnica em domínio público, esperando que a doação em larga escala possa salvar vidas.


Fonte: site Inovação Tecnológica
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=matador-virus-turbinado-dominio-publico&id=010125110815

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Cientistas descobrem possível remédio anticalvície


Estudo investigava consequências do estresse em ratos, mas acabou encontrado uma forma que impedia os animais de perderem seu pêlo.

Washington - A descoberta acidental de uma substância que fez crescer novamente pêlos em ratos de laboratório pode abrir caminho para um potencial remédio contra calvície em seres humanos, segundo uma pesquisa americana publicada esta semana.
"Nossa descoberta mostra que um tratamento de curta duração com esta substância fez crescer novamente pêlos em ratos que foram geneticamente modificados para ficarem cronicamente estressados", explicou o Dr. Million Mulugeta, professor adjunto de medicina da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, um dos coautores deste estudo. 
"O trabalho pode significar o início de novas abordagens para tratar a calvície em humanos, ao neutralizar os receptores de um hormônio que desempenha um papel-chave na condição de estresse", acrescentou.
Tais tratamentos poderiam tratar a perda de cabelos relacionada ao estresse e à velhice, precisou o médico. 
O estudo foi publicado na versão on-line da revista científica americana PLoS One, uma publicação da Public Library of Science.
Os cientistas fizeram esta descoberta inesperada ao conduzir pesquisas sobre as maneiras como o estresse pode afetar as funções gastrointestinais.
Para isso, utilizaram ratos geneticamente modificados para produzir em excesso corticotropina ou CRF (corticotrophin-releasing factor), um hormônio de estresse.
Ao envelhecer, esses ratos começaram a perder os pêlos, principalmente nas costas, ao contrário do grupo controle de roedores não modificados geneticamente.
Pesquisadores do Instituto Salk na Califórnia, membros da equipe que desenvolveu o trabalho, conseguiram criar um peptídeo, uma substância química batizada de "astressin-B", que bloqueia o efeito estressante do hormônio CRF e o injetaram nos ratos que perdiam os pêlos.
Três meses mais tarde, os médicos voltaram para analisar os efeitos do astessin-B, mas não conseguiram distinguir os ratos geneticamente modificados dos outros, já que seus pêlos haviam voltado a crescer totalmente.
A substância continuará sendo testada e estudada pelos médicos, mas sua aplicação em humanos poderá estar muito perto de acontecer.

Maiores informações poderão ser lidas no link abaixo:

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

É descoberta uma fonte "infinita" de energia!


Pesquisa de método revolucionário une produção de energia sustentável com purificação de água.

Hoje em dia, as maiores preocupações de quem pesquisa fontes de energia alternativa são a sustentabilidade e o aproveitamento de resíduos. Uma das pesquisas mais avançadas na área combina ambos os fatores: a produção de eletricidade usando qualquer material biodegradável (como a água de esgotos). O estudo, porém, encontrou vários obstáculos (como o uso de produtos químicos em excesso) e pouco avançou nos últimos anos.

Mas agora esse trabalho recebeu importantes contribuições da equipe do cientista Bruce Logan, da PennState University. Em seu artigo, ele afirma que descobriu que algumas bactérias podem realizar o mesmo processo de produção de energia e limpeza de resíduos a partir de águas ou produtos orgânicos residuais – sem o uso de químicos ou produção de carbono. O resultado é o gás hidrogênio.
(Fonte da imagem: PennState University)

A ação que torna isso possível chama-se eletrodiálise reversa (RED, na sigla original), um processo que extrai energia da diferença iônica entre as águas de diferentes composições, que estão separadas por uma membrana. A célula-combustível funciona a partir da combinação disso e das bactérias, responsáveis pela produção de hidrogênio.
Apenas cerca de 1% da energia gerada é utilizada para bombear os líquidos pelo aparelho. 

Desse modo, não há gastos adicionais: a célula funciona sozinha e pode utilizar produtos considerados inesgotáveis, como o esgoto, a água do mar e outros resíduos.
A eficiência obtida nos testes ainda não é muito boa – pouco mais de 50% – e apenas 0,8 a 1,6 m³ de hidrogênio são produzidos para cada metro cúbico de líquido que passa pela célula-combustível durante um dia inteiro. Ainda assim, os avanços são suficientes para trazer um pouco mais de esperança a quem vê essa substância como a energia do futuro.


Acesso o conteúdo na íntegra pelo link abaixo
:
http://www.tecmundo.com.br/energia/13514-cientistas-descobrem-uma-fonte-infinita-de-energia.htm#ixzz1ZkcKkQ1Y