domingo, 15 de junho de 2014

Mosquitos geneticamente modificados podem ajudar a combater a malária

Anopheles: O mosquito transmissor da maláriaA malária é provocada por protozoários do gênero Plasmodium e transmitida pela picada de fêmeas infectadas do mosquito Anopheles. Em uma nova iniciativa de conter esta doença, cientistas criaram mosquitos geneticamente modificados que produzem 95% de descendentes do sexo masculino, os quais não transmitem a doença e podem levar ao desaparecimento da espécie após algumas gerações.

Os mosquitos modificados receberam um gene que produz uma enzima chamada “endonuclease”, a qual fragmenta o DNA quando reconhece uma sequência específica. Nesse caso, a enzima ataca os cromossomos X durante a formação do espermatozoide, ocasionando um número mínimo de espermatozoides funcionais com esse cromossomo. Como a maior parte dos espermatozoides carregará o cromossomo Y, a maior parte dos descendentes gerados será macho.

Por ser uma alteração genética, essa predisposição a desenvolver espermatozoides Y é passada para parte dos descendentes de cada mosquito modificado, até que o número de fêmeas nas populações seja extremamente reduzido.
No entanto, a iniciativa desperta a preocupação de ambientalistas. A preocupação é para o impacto desconhecido de animais geneticamente modificados no equilíbrio da biodiversidade. . Eles argumentam que se uma espécie de mosquito for eliminada de uma região, isto abriria a oportunidade para uma espécie concorrente — e potencialmente perigosa — ocupar seu nicho.



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