A sepse, decorrente da invasão da corrente sanguínea por microrganismos, é a principal causa de morte em unidades de terapia intensiva. O processo infeccioso mata cerca de 200 mil pessoas todo ano no Brasil e gera custos de R$ 20 bilhões ao Sistema Único de Saúde.
O Instituto de Biologia Molecular no Paraná (IBMP) e o Instituto Carlos Chagas estão desenvolvendo um novo método de diagnóstico para identificar de forma rápida e precisa o agente causador da infecção, o que pode significar um grande passo para reduzir esses números.
A novidade do teste é a utilização de ferramentas de biologia molecular para detectar e identificar os agentes infecciosos a partir de sequências de DNA. Responsáveis pelo projeto afirmam que o dispositivo criado para a realização do exame fornecerá sensibilidade e agilidade necessárias para o manejo clínico adequado dos pacientes.
O procedimento empregado hoje no diagnóstico de sepse fundamenta-se em um método desenvolvido há cerca de cem anos. Trata-se da hemocultura, que consiste na coleta de sangue do paciente e na transposição da amostra para um meio que favoreça a multiplicação natural do microrganismo responsável pela infecção.
Com o novo método, o diagnóstico de sepse é feito algumas horas após a detecção dos sintomas. Além disso, o teste identifica, em uma grande variedade de potenciais agentes infecciosos, o microrganismo responsável pela infecção. A equipe médica pode assim direcionar o tratamento do paciente de modo mais eficaz. O projeto é feito em parceria com instituições nacionais e internacionais da área hospitalar e de desenvolvimento de tecnologia para a saúde.
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