domingo, 13 de abril de 2014

Mosquito transgênico no combate a dengue

Nessa semana a Comissão Técnica de Biossegurança aprovou a comercialização de mosquitos transgênicos que atuam no combate a dengue, atestando que os mosquitos são seguros e não representam riscos a saúde humana e nem ao ambiente.

A alteração genética produziu mosquitos estéreis, que ao copularem com as fêmeas do mosquito não dão continuidade na reprodução da espécie. Como resultado, o número de insetos transmissores foi reduzido em até 90%.

O mosquito transgênico apresenta um gene a mais no seu DNA que faz com que seus descendentes morram no estágio de larva, sem nem chegar à fase adulta. Apenas os mosquitos machos seriam produzidos, já que as fêmeas são as responsáveis pela picada e transmissão.


Assim, evita-se o acréscimo de mais mosquitos com potencial de transmissão da doença no ambiente. A estratégia adotada seria a liberação de grandes quantidades de mosquitos transgênicos, em número maior do que os machos não transgênicos, de forma que a competição entre eles cresça e que a probabilidade de que os mosquitos estéreis copulem com as fêmeas seja muito maior.


Trata-se do primeiro produto desse tipo aprovado no país, e no mundo também, dessa maneira não existe um trâmite estabelecido para sua produção e comercialização. O mais provável é que o processo ainda tenha que passar pela aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

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