Em um estudo realizado no departamento de psiquiatria da University Health Network, em Toronto (Canada), médicos utilizaram estimulação magnética transcraniana repetitiva (EMTr) em 20 pacientes que sofriam de anorexia ou bulimia. Esses pacientes receberam sessões de 45 minutos de estimulação do cérebro por 20 vezes, durante de quatro a seis semanas. Os resultados obtidos indicaram uma redução de 50% no comportamento compulsivo.
A sugestão de que esse tipo de tratamento poderia funcionar surgiu quase que por acidente após um tratamento de um paciente que sofria de depressão e bulimia em 2011. Após cerca de duas semanas de estimulação cerebral, o paciente já estava quase completamente curado de ambas as doenças.
"Os integrantes do grupo que responderam bem à estimulação cerebral mostraram uma falta de conexão entre a parte do cérebro responsável por conter os impulsos e desejos e o área de regulação. A estimulação desta área ajudou a refazer estas ligações perdidas", explicou o pesquisador Jonathan Downar.
"Já os pacientes que não responderam à estimulação pareciam não ter mais conexões com o circuito regulador. Desta forma, a estimulação não surtiu resultados. Acreditamos que se mudarmos o alvo do estímulo para esses pacientes, para inibir em vez de estimular, poderemos, finalmente, ser capazes de ajudar mesmo esta outra parcela do grupo", completou Downar.
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