Um
grupo de pesquisadores da Alemanha (MDC) e do Brasil (Unifesp) selou um acordo
de cooperação internacional, cujo foco é
o estudo das cininas, uma família de peptídeos gerada no sangue e nos tecidos
que tem relação direta com o desejo de ingerir alimentos e outros parâmetros
clínicos, como processos inflamatórios e pressão arterial, na tentativa de
comprovar a eficácia de antagonistas de cininas como possíveis drogas
antiobesidade.
No
recém-firmado acordo internacional, com duração prevista de três a quatro anos,
o papel do grupo alemão será produzir os novos animais transgênicos. Assim que
o camundongo transgênico for gerado e caracterizado nos laboratórios do MDC,
entrará em ação a equipe da Unifesp, que ficará responsável por realizar os
experimentos fisiológicos com o animal.
Nos
camundongos transgênicos criados, serão ‘desligados’ os genes relacionados aos
receptores B1, responsáveis pela transmissão das ações das cininas. O receptor
B1 está intimamente envolvido na sinalização da leptina, um hormônio,
pertencente à classificação das cininas, que funciona como modulador de
apetite. Níveis elevados dessa substância no sangue reduzem a fome da pessoa e
para isso torna-se necessário que os animais gerados sejam deficientes em
receptores B1.
Agora
a ideia é aprofundar essa investigação e tentar descobrir exatamente qual tipo
de receptor B1 – já que ele é encontrado no tecido adiposo e em diversos órgãos
– teria relação direta com a obesidade.
Caso
a pesquisa seja bem sucedida, pretende-se gerar drogas antiobesidade baseadas
no antagonista do receptor B1 capazes de chegar até o cérebro para ter melhor
eficácia.
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