quarta-feira, 27 de junho de 2012

Cientistas fazem mapa de micróbios que vivem no organismo humano


Bactérias | Foto: BBC
O Projeto Microbioma Humano catalogou a identidade genética de muitas bactérias, vírus e outros organismos que vivem em contato íntimo conosco.Não se trata de germes ou criaturas nocivas que precisam ser eliminadas mas, sim, de uma parte 
Com o advento de técnicas cada vez mais avançadas de sequenciamento de DNA, o Projeto Microbioma Humano está sendo capaz de descobrir micróbios que nunca haviam sido vistos antes e observar como eles se comportam em comunidades. E os pesquisadores foram capazes de encontrar mais de dez mil tipos diferentes de organismos que integram o microbioma saudável humano. A maioria desses micróbios, aparentemente, não causa qualquer dano ao organismo. Pelo contrário. Existem cada vez mais evidências de que esses micróbios nos ajudam de várias formas.
Estamos aprendendo sobre o papel que eles desempenham em formar - em vez de simplesmente atacar - nosso sistema imunológico", diz a professora Barbara Methe, do J. Craig Venter Institute. Uma das questões centrais que os pesquisadores perguntaram foi: existe um grupo básico de micróbios que todos os humanos compartilham? Os cientistas encontraram uma variedade de micróbios em diferentes seres humanos e comunidades únicas de micróbios vivendo em diferentes partes do corpo. Mas o que deixou muitos surpreendidos foi que, em partes específicas do corpo, muitos dos micróbios compartilhavam funções semelhantes.
Há um entendimento cada vez maior de que nós adquirimos os nossos micróbios nos primeiros estágios das nossas vidas. "O genoma humano é herdado, mas o microbioma humano é adquirido", explica. "Isso significa que ele tem uma propriedade de se alterar, de mudar, que é muito importante". "Isto nos dá algo com que podemos trabalhar na clínica. Se você pode manipular o microbioma, você pode fazer um microbioma saudável continuar saudável ou rebalancear um que não está saudável". "Isso ainda é território desconhecido. Embora seja território doméstico, ainda estamos descobrindo novas formas de vida nele", diz Relman.

Bibliografia: BBC

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