Mostrando postagens com marcador mutações. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador mutações. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Heróis genéticos poderão ajudar no tratamento de doenças

A fibrose cística é provocada por mutações em um único gene. Para pessoas nascidas com duas cópias mutadas desse gene, o prognóstico geralmente é sombrio. Elas podem sofrer com vários problemas, incluindo funções pulmonares reduzidas e problemas digestivos. Muitas não chegam à idade adulta.


Mutações em genes únicos podem provocar muitas outras doenças como a de Tay-Sachs ou alguns tipos de distrofia muscular; o prognóstico para pessoas nascidas com esses problemas é igualmente desanimador.

Mas algumas pessoas com essa mutação fatídica, porém, levam vidas saudáveis sem qualquer sintoma aparente de doença. Esses raros indivíduos são o foco do Resilience Project (Projeto Resiliência), uma nova iniciativa que pretende identificar pessoas não-afetadas por seus genes problemáticos e descobrir como elas evitaram um destino cruel. A esperança é que ao estudar essas pessoas, pesquisadores consigam encontrar novas abordagens para tratar essas doenças genéticas.

Os líderes do projeto, Stephen Friend, presidente da Sage Bionetworks em Seattle, e Eric Schadt, professor de genômica da Icahn School of Medicine at Mount Sinai na cidade de Nova York, descrevem o trabalho na Science de 30 de maio.

A nova iniciativa procura cadastrar um milhão de pessoas com mais de 40 anos para procurar esses “heróis inesperados”, como são chamados pelos líderes do projeto. Quem participar receberá um “kit DNA”, muito parecidos com os que empresas como a 23andMe usam, [empresa que esteve no centro de uma polêmica com a agência americana que regula medicamentos e alimentos - a FDA - ao distribuir kitss de DNA] que deverão ser devolvidos com amostras de saliva.

Ao contrário de outras empresas comerciais de DNA, no entanto, o Projeto está procurando 162 genes específicos que podem provocar o que Friend e Schadt chamam de doenças “catastróficas”.

De acordo com Schadt, na vasta maioria dos casos as pessoas simplesmente recebem uma confirmação de que elas não têm duas cópias de qualquer alelo mutado que provocaria alguma das 125 doenças que o projeto está procurando. Mas eles esperam que cerca de uma em cada 15 mil pessoas estejam conduzindo vidas saudáveis com mutações que deveria provocar doenças severas. A estimativa vem de uma análise retrospectiva de aproximadamente 600 mil genomas coletados pela 23andMe e outras empresas. (Na população geral, taxas da doença variam muito entre tipo de doença e região, de um em cada dois mil nascimentos até um em cada milhão de nascimentos).

Supondo que esse número esteja correto, Schadt espera encontrar entre 50 e 100 pessoas (dentre o milhão que eles esperam participar do estudo) que não apresentam problemas mesmo portando essas mutações genéticas. Essas pessoas seriam convidadas a participar de mais estudos que, com sorte, produzirão pistas sobre maneiras de enfrentar esses transtornos. “Eles têm uma resistência natural à doença”, explica Schadt, “e essa é a rota terapêutica que gostaríamos de seguir para prevení-la”.

Schadt imagina várias maneiras para pessoas evitarem esses transtornos. Uma é genética; é possível que essas pessoas resilientes tenham mutações em outros genes que as protejam dos efeitos de mutações que provocam doenças. Em alguns casos, uma mutação que desativa um gene separado pode de fato ter resultados benéficos. De acordo com Schadt, se esse for o caso, esses outros genes seriam bons alvos para medicamentos farmacêuticos, já que é muito mais fácil desativar um gene funcional do que compensar por um gene defeituoso. Moléculas sintéticas podem ser criadas para visar e desativar genes específicos.

sábado, 17 de agosto de 2013

Estudo identifica mutações que dão origem a câncer

Divulgado na revista Nature, cientistas identificaram mutações, as quais dão origem à mais de 97% dos canceres conhecidos. Essas mutações, que são modificações do código genético, que foram descobertas produzem um enorme leque nas pesquisas, e prometem trazer grandes avanços na área de tratamento do câncer.

Foram identificadas 21 mutações dentro de 7.042 amostras tiradas dos 30 tipos mais comuns de câncer que deixam uma "assinatura" no DNA e são causadas por diversos fatores. Muitos desses fatores são conhecidos, como a superexposição à raios UV e o hábito de fumar que levam à uma maior chance de ocorrer o descontrole das mitoses das células e assim levando ao câncer.

Ainda nesse mesmo estudo foram identificadas marcas no genoma que se referem ao processo de envelhecimento e ao sistema imunológico que também podem causar câncer, como por exemplo, quando uma célula inicia um processo de infecção afim de modificar um vírus até que ele se torne inativo, ela ativa uma enorme classe de enzimas que podem modificar o seu próprio DNA, sendo então uma "faca de dois gumes", pois as células afetadas se tornam muito mais propensas a se tornarem cancerígenas.

Mesmo identificando várias dessas marcas, doze ainda estão não identificadas e espera-se que elas estejam envolvidas com fatores ambientais e que então novas formas de prevenir a doença sejam encontradas.

Leia mais.