segunda-feira, 22 de dezembro de 2014


Molde natural: microtubos de ouro produzidos ao redor de filamentos de fungos

Pesquisadores da Universidade Federal da Bahia conseguiram criar microtúbulos de ouro a partir de um fungo que cresce em plantas uma área de proteção ambiental da Bahia, mais precisamente na lagoa do Abaeté.

A partir do caule, folhas e raízes de plantas que crescem nesse lago, foram isolados, em laboratório, três tipos de fungos que se desenvolvem no interior das plantas. Após isso, os fungos foram cultivados em uma solução contendo citrato, usado como fonte de nutrientes, em diferentes concentrações além de nano-partículas de ouro. Percebeu-se, então, que as nano-partículas de ouro aderiram à superfície dos fungos e isso fez com que formasse uma camada de ouro por cima do organismo.

Após realizar uma secagem para que o micro-organismo mantivesse sua forma, além de eliminar sua parte orgânica por meio da calcinação, os cientistas obtiveram microtúbulos de ouro, ocos e porosos, características que aumentam sua superfície de contato.

Isso é importante visto que em reações eletroquímicas o ouro é um eletrodo que possui uma alta área de superfície, assim, para as reações desse tipo e de acordo com essa estratégia, seria necessário menos quantidade de ouro para esse material ser produzido.

Para saber mais clique aqui.

sábado, 20 de dezembro de 2014

Enzima para o branqueamento da celulose

A empresa Verdartis Desenvolvimento Biotecnológico, originada de um grupo de pesquisas da USP de Ribeirão Preto, desenvolveu um novo tipo de enzima capaz de fazer o branqueamento da celulose durante o processamento da madeira para produção de papel de modo mais barato, eficiente e ecologicamente correto.

A celulose possui elementos fibrosos, como a lignina, que adquirem cor amarronzada durante o seu processamento para produção de papel. Dessa forma, para que o papel tenha a cor branca padrão, diversos compostos químicos, entre eles o dióxido de cloro, de alto custo e de difícil descarte, são necessários para a etapa de branqueamento, uma vez que quebram a lignina em moléculas menores.

Assim, as novas enzimas desenvolvidas pela Verdatis através de engenharia genética, utilizando a bactéria Escherichia coli, atuam de forma específica quebrando a lignina, necessitando de quantidades menores de dióxido de cloro para o branqueamento, o que reduz os custos do processo.

Na verdade, este tipo de enzima branqueadora de celulose já existe no mercado, porém o que difere estas enzimas já existentes da recém produzida é o seu baixo custo de produção, a sua especificidade para cada processo industrial, ou seja, a enzima é criada especificamente para o processo ao invés de modificar o processo para a enzima, e o seu  extremamente baixo lançamento de resíduos na água.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Metal líquido é utilizado para reparar nervos rompidos

Um grupo de pesquisadores da Universidade de Tsinghua anunciou o uso promissor de uma liga metálica para unir as duas pontas de um nervo partido. O elemento é uma liga gálio-índio-selênio, bastante maleável que se torna líquido na temperatura corporal.

Quando um nervo é rompido, a comunicação dos músculos ao redor com o cérebro é interrompida, levando a um possível atrofiamento.  Para que isso não ocorra é necessário que sinais neurais sejam enviados aos músculos enquanto o nervo se cura, esses sinais podem ser transmitidos através de uma solução de sais chamada Solução de Ringes que simula fluidos corporais e é depositada na lacuna entre os nervos.

Em testes realizados os cientistas verificaram que o metal tem se mostrado uma melhor opção, já que esse apresenta uma fluidez mais favorável ao processo, superconformidade e uma alta condutividade elétrica.  Contudo, testes posteriores devem ser realizados para verificar possíveis ricos ao organismo e a possibilidade de rejeição. 

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Cientistas descobrem elos entre canto dos pássaros e fala humana

 Publicado na "Science", o resultado faz parte de uma análise do DNA de cerca de 50 espécies de aves, da qual participaram pesquisadores brasileiros que trabalham no Pará, no Rio e nos EUA.
 Após desvendar o genoma destas aves, os cientistas têm um retrato mais claro não só das origens do canto como também das relações de parentesco entre as aves atuais.
 Comparações feitas entre o cérebro das aves e o de humanos já haviam mostrado semelhanças entre as áreas que controlam a fala na nossa espécie e as que regulam o canto nas espécies que precisam aprender essa prática. Muitas aves já "nascem sabendo" emitir os sons de sua espécie. Já formas mais complexas de canto são produzidas apenas pelas aves que possuem aprendizado vocal.
"Tanto esse tipo de canto quanto a fala requerem que os indivíduos jovens ouçam as vocalizações do adulto e modifiquem suas próprias vocalizações para imitar o que ouviram", explica Claudio Mello, brasileiro que trabalha na Universidade de Saúde e Ciência do Oregon (EUA) e assina dois dos estudos sobre o tema na "Science".
Mello e seus colegas compararam a expressão de genes do DNA de várias espécies de aves, de pessoas e de macacos resos (os quais não têm aprendizado vocal). Essa análise de expressão foi feita a partir de amostras de células de vários locais do cérebro de cada espécie.
 Como resultado, dezenas dos mesmos genes ficam ativos no cérebro das aves "cantoras" e no cérebro humano, como esse paralelo envolve regiões específicas -- são conjuntos de genes que ficam "ligados" nas áreas ligadas ao controle da laringe (ou da siringe, o equivalente desse órgão nos animais penosos).

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Curiosidades: Ultrassom para ossos e metais

Pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, desenvolveram um modo que permite com que o ultrassom penetre nos ossos e até mesmo em metais. Eles fizeram isto utilizando metamateriais (material produzido artificialmente com propriedades físicas não encontradas comumente na natureza) especiais, criados por eles mesmos, que anulam o efeito de distorção causado pelas características físicas dos ossos e dos metais.

De acordo com as simulações feitas por esta equipe de pesquisadores, 28% da energia das ondas de ultrassom passam por um osso. Quando o metamaterial é disposto sobre o osso, 88% da energia das ondas passa sobre eles.

Este é um grande feito que pode mudar a forma como os exames médicos são realizados, assim como pode ser também utilizado para aplicar energia em tumores cerebrais ou localizados dentro de ossos, queimando-os. Exames de ultrassom poderão também ser utilizados para checar peças de metal, como as de aviões.

A equipe trabalha agora na fabricação de protótipos de metamateriais que se adaptem bem à aplicações médicas e para o uso industrial.

Saiba mais aqui

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Diário de um Engenheiro: Mars One, uma viagem sem volta


Como todo bom engenheiro, devemos sempre ficar informados e atualizados sobre diversos assuntos, assim, fugiremos um pouco do tema de biotecnologia nessa postagem (mas ainda assim voltados a engenharia) e iremos para outro campo, a astronomia e a viagem espacial. 

A muito tempo se debate a ideia da possível viagem do homem para outros planetas , mas cada vez mais, essa ideia se aproxima da realidade. Muitas pessoas sabem que o planeta que oferece as maiores chances de sobrevivência para o homem, fora a terra, é Marte, dessa forma, criou-se o projeto Mars One , o qual tem como objetivo fazer uma viagem apenas de ida á marte para a colonização do planeta vermelho.

Os futuros astronautas da missão serão escolhidos em 4 etapas:
Na primeira, a seleção é feita com base no currículo, carta de intenção e vídeo enviado pelo candidato.
Na segunda fase, os candidatos devem apresentar atestado médico e físico e se encontrarão com comitês regionais da missão para entrevistas.
Na terceira etapa, o processo passa para o nível nacional, de onde sairá um candidato por país selecionado. Essa etapa será transmitida pela TV e internet em cada país participante e o público desses países decidirá o próprio representante dentre um grupo de 20 a 40 candidatos por nação.

Na etapa final, os candidatos restantes, que precisam se comunicar bem em inglês, participarão de um evento transmitido pela TV em todos os países participantes para selecionar apenas 24 astronautas.

Viagem sem volta a Marte
Todo esse cuidado se deve as diversas condições difíceis do planeta vermelho, tal como a temperatura que pode chegar até -60º C, raios cósmicos, falta d’agua, ar irrespirável etc. Além disso, por ser uma viagem apenas de ida, é necessário que o viajante tenha uma boa socialização, para que não comprometa tanto a si mesmo quanto os outros pela limitação de pessoas no planeta.

Está previsto para que em 2018 um robô seja enviado ao planeta para começar a preparar o local e as condições para os astronautas e em 2023 o projeto pretende levar os viajantes para o planeta vermelho.

A viagem para Marte será um passo gigantesco para a humanidade, principalmente se o projeto der totalmente certo, será um marco histórico  e possibilitará grandes avanços para nós. Talvez com a conclusão do projeto, muitas perguntas sejam respondidas, mas provavelmente, muito mais perguntas a respeito do homem surgirão. 

Mas e você, o que acha sobre todo o projeto Mars One e sobre a viagem do homem a Marte? De a sua opinião nos comentários e, caso queira saber mais detalhes do projeto entre aqui ou no site oficial da Mars One.