terça-feira, 1 de maio de 2012

Descoberta Genética Pode Trazer Avanços no Combate à Malária


Uma mudança genética em mosquitos que transmitem a malária pode ser a chave para frear o avanço da doença. A sugestão é de uma pesquisa da Imperial College, em Londres, Inglaterra, e da Universidade de Washington, em Seattle, EUA.

A pesquisa mostrou como mudanças genéticas podem ser introduzidas em grandes populações de mosquitos com alterações em apenas poucos indivíduos.

Em laboratórios, os cientistas introduziram um gene verde fluorescente – um marcador de fácil observação – em 99% dos mosquitos de uma população. Eles foram misturados com mosquitos que carregavam um segmento de DNA com uma enzima capaz de desativar o gene fluorescente.

Depois de 12 gerações, mais da metade dos indivíduos já não tinham mais o marcador verde fluorescente. Foi a primeira vez que um experimento do tipo obteve sucesso, e sugere que uma técnica similar possa ser usada em populações selvagens.

“É um desenvolvimento tecnológico empolgante, que eu espero que abra caminho para soluções para muitos problemas de saúde mundo afora. Demonstra um potencial significativo para controlar mosquitos que espalham doenças. Esperamos conduzir muitos outros experimentos para determinar a segurança e a confiabilidade”, afirmou o professor Andrea Crisanti, um dos autores da pesquisa.

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Transístor Bioeletrônico é Fabricado com Clara de Ovo

A eletrônica orgânica está se desenvolvendo muito com uma promessa de dispositivos finos, flexíveis, ambientalmente corretos e mais baratos.

Na verdade, é grande a chance de que seu telefone celular tenha uma tela feita de LEDs orgânicos, ou OLEDs.

O termo "orgânico" se refere ao fato de que esses novos componentes são fabricados com elementos à base de carbono, geralmente polímeros.

Mas Jer-Wei Chang seus colegas da Universidade Nacional Cheng Kung, em Taiwan, demonstraram que a eletrônica orgânica pode ser muito mais orgânica do que se supunha - ela pode se tornar uma bioeletrônica.

A equipe criou transistores (utilizados principalmente como amplificadores e interruptores de sinais elétricos) totalmente funcionais usando como elemento dielétrico a clara de ovo, diretamente aplicada no processo produtivo, sem nenhum tratamento a não ser o aquecimento - ou seja, eles usaram clara de ovo frita.

Biomateriais já são utilizados como semicondutores e como dielétricos, mas são materiais sintetizados, obtidos por meio de processos em múltiplas etapas.

"A clara de ovo parece ser o material ideal para a eletrônica orgânica, uma vez que ela é fácil de processar, largamente disponível e de baixo custo," escrevem os pesquisadores.

"O calor transforma a clara de ovo de líquido em um sólido insolúvel, conforme suas proteínas sofrem uma desnaturação irreversível, quebrando suas cadeias lineares para formar redes," explicam eles.


Transístor bioeletrônico é fabricado com clara de ovo
A clara de ovo foi diretamente aplicada no processo produtivo, sem nenhum tratamento a não ser o aquecimento. Como material semicondutor foi usado pentaceno ou carbono-60. O transístor de efeito de campo bioeletrônico - um BioFET - foi construído depositando a albumina seca sobre óxido de índio titânio e, a seguir, colocando os eletrodos.




sábado, 28 de abril de 2012

Declínio mental pode ser retardado com a alimentação correta


Estudos americanos afirmaram na última quinta-feira (26) que mulheres que consomem grande quantidade de morangos e blueberries (mirtilo) sofrem, com o avançar da idade, um declínio mental mais lento, comparado com mulheres que consomem poucos alimentos com flavonóides.

Uma pesquisa realizada com 16 mil mulheres, que responderam questionários regulares sobre seus hábitos alimentares de 1976 a 2001, mostrou que as que comiam mais frutas ricas em flavonóides atrasaram o declínio cognitivo em até 2,5 anos. De acordo com os Anais de Neurologia, a cada dois anos, de 1995 a 2001, os pesquisadores mensuravam as funções mentais de pessoas com mais de 70 anos.


"Nossas descobertas têm implicações significantes para a saúde pública, já que aumentar a ingestão de frutas vermelhas é uma modificação bastante simples para testar a proteção da cognição em adultos mais velhos", afirmou Elizabeth Devore, médica do Hospital Brigham and Women e da Escola de Medicina de Harvard em Boston, Massachusetts.

Flavonóides são encontrados em frutas cítricas, vinho tinto, chás, cebolas, açaí, cacau, barbatimão e maçãs, além das frutas vermelhas. Além de terem ação no retardamento do declínio mental, têm ação anti-hemorrágica, hormonal, anti-inflamatória, anti-alérgica e anti-câncer.

"O atual estudo mostra que mulheres que consumiram mais flavonóides, especialmente frutas vermelhas, tiveram um declínio cognitivo mais lento com o passar do tempo do que mulheres com menor ingestão", destaca Nancy Copperman, diretora de iniciativas de saúde pública do Sistema de Saúde Judaico de North Shore-Long Island, em Nova York. E conclui: "Aumentar nosso consumo de frutas e vegetais é uma das melhores formas de viver uma vida saudável".

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Lanterna portátil anti-bacteriana

Imagem e esquema do aparelho
Cientistas chineses e australianos criaram um aparelho capaz de eliminar bactérias da pele em instantes. Batizado de "lanterna de plasma", o equipamento, que é portátil e alimentado a bateria, gera um feixe de plasma frio que mata os microrganismos.
Segundo Kostya Ostrikov, criador do equipamento, a lanterna de plasma é ainda mais promissora por ser portátil e alimentada por só uma bateria de 12 Volts. 
Assim, além de poder ser usado no dia-a-dia de consultórios e hospitais, o aparelho terá grande aplicação em áreas de desastres naturais e para o atendimento de comunidades remotas.
Nos experimentos, a lanterna de plasma conseguiu inativar um espesso biofilme, formado por 17 camadas de uma das bactérias mais resistentes aos antibióticos e ao calor - a Enterococcus faecalis - em apenas cinco minutos.
Os resultados mostraram que a lanterna de plasma não inativou apenas a camada superficial de bactérias, mas penetrou profundamente no biofilme, matando até as bactérias das camadas inferiores.
Embora o mecanismo exato da ação antibacteriana do plasma - o quarto estado da matéria - seja praticamente desconhecido, acredita-se que a reação do plasma com o ar ambiente produza uma população de espécies reativas que são muito similares às encontradas em nosso sistema imunológico.

Leia a notícia completa aqui.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Brasil investe mais em produção de células-tronco

O Ministério da Saúde anunciou que irá investir 15 milhões de reais na pesquisa e produção em larga escala de células-tronco. Parte desse dinheiro irá ser utilizado para a construção de oito centros nacionais de terapia celular e o resto será aplicado na pesquisa, através de editais públicos.
Essa ação do governo tem como propósito a ampliação do uso de células-tronco em pacientes da rede pública de saúde. Outro propósito é fazer com que o país seja capaz de produzir quantidade suficiente dessas células para a necessidade do mesmo, fazendo com que diminua o uso do material importado, que é mais caro e demora mais tempo para chegar.
Os oitos centros que serão criados ajudariam a amenizar o trabalho dos três já existentes: Curitiba (PR), Ribeirão Preto (SP) e Salvador (BA). Além disso, um dos trabalhos mais avançados, o da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Paraná, só está esperando a permissão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para iniciar a produção em escala comercial de células-tronco.

Fonte: INFO Online

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Cientistas fazem nascer cabelo humano em camundongo


Cientistas conseguiram fazer com que fios de cabelo humanos nascessem na pele de um camundongo sem pelos. Além de ser uma esperança para o tratamento da calvície, o resultado representa um avanço importante nas terapias com células-tronco.
Os pesquisadores conseguiram tal feito, pois ele criaram um folículo a partir de células-tronco obtidas da pele de humanos adultos. Depois disso, ocorreu um transplante destes folículos nas costas do camundongo, conectando-os com as fibras nervosas e musculares do animal, e os pelos nasceram normalmente.
Como o novo folículo funciona perfeitamente, o “ciclo capilar” é reestabelecido. Ou seja, mesmo se o cabelo cair por algum motivo, um novo pelo nascerá no mesmo lugar.
O estudo é, portanto, mais uma confirmação do potencial de aplicações que o tratamento de células-tronco tem para a substituição de órgãos no corpo. 


Saiba mais!!!

domingo, 22 de abril de 2012

Fungos brilhantes


Um resultado inesperado, porque são apenas 71 espécies de fungos bioluminescentes em meio a quase 100 mil descritas. E com parentesco muitas vezes distante, distribuídas em quatro linhagens que divergiram no início da evolução desse grupo. Sendo a emissão de brilho uma característica rara, seria de se esperar que cada um dos casos tivesse surgido de forma independente. “É uma questão interessante do ponto de vista evolutivo”.
Em termos químicos, foi um avanço recente provar que a bioluminescência dos fungos tem natureza enzimática, hipótese que andava desacreditada. Funciona, portanto, como o pisca-pisca dos vaga-lumes, por um sistema de luciferina e luciferase. Só que esses nomes são usados de maneira genérica: luciferina é qualquer substância que, quebrada por uma enzima específica, emite luz. Mas a luciferina dos insetos, por exemplo, é completamente diferente daquela dos fungos.
Para verificar se a substância é a mesma entre uma espécie e outra, emprega-se inicialmente, uma estratégia mais simples do que determinar a estrutura das moléculas. “Fazemos um extrato do fungo a frio, que contém a enzima, e outro a quente, onde fica o substrato”. Ao combinar o extrato frio e o quente num frasco, um aparelho especializado consegue medir a emissão de luz, mesmo que se misture – e essa foi a grande descoberta – a luciferina de uma espécie à luciferase de outra. “Todas as combinações entre fungos diferentes geraram luz”.
Exceto quando entraram na combinação três espécies não bioluminescentes, sugerindo que a luciferina e a luciferase típicas dos fungos luminosos não estão presentes nelas. Para entender melhor o mecanismo e sua evolução, o grupo agora trabalha em descobrir a estrutura das proteínas envolvidas, assim como os genes que indicam a sua produção.