Lucinéia Santos, Formada em Farmácia Bioquímica pela UEL, ganhadora do prêmio Santander, atua na área de desenvolvimento de fitoterápicos e especializada na área de psicobiologia pela USP de Ribeirão Preto. Fez o Pós-doutorado pela Unesp de Assis e atual docente no Campus.
Descomplicando a Biotec: Qual
foi a sua formação, professora?
Lucinéia:
Sou formada em Farmácia Bioquímica pela UEL. Já meu mestrado e
doutorado, ambos foram feitos na USP de Ribeirão Preto na área de
psicobiologia, mais precisamente na área de psicofarmacologia. A
área de psicobiologia compreende vários aspectos do funcionamento
do sistema nervoso. Após essa formação, fiz um pós-doutorado na
Unesp de Assis na área de desenvolvimento de compostos bioativos,
podendo me aproximar das pesquisas com inflamação e antioxidante
desses compostos.
DB: Quais
pesquisas você realiza no campus da Unesp Assis ?
L: Minha
linha de pesquisa parte do desenvolvimento de produtos fitoterápicos.
Atualmente pesquisamos sobre o sisal, sendo o brasil o maior
produtor e sua produção se concentrar no interior da Bahia. Através
de pesquisas, tentamos atribuir um aproveitamento de cerca de 95% do
que é produzido, visto que atualmente somente se é utilizado 5% da
planta. Com isso, esperamos proporcionar um desenvolvimento social
através de uma melhoria de renda na região. Além disso, a pesquisa
não visa somente a descoberta de novas utilidades para o sisal, mas
também o desenvolvimento de produtos visando mudar a realizada
social de quem trabalha com sisal no sertão da Bahia.
DB: Por
que você escolheu ser Docente do curso de Engenharia Biotecnológica
?
L: Eu
me aproximo muito desse viés da Engenharia que busca tanto a
pesquisa e entendimento de processos como a utilização da mesma
para gerar mudanças. Além da Biotec Júnior que trabalho em
parceria com o projetos de controle de qualidade.
DB: Na
sua graduação em Farmácia, você já possuía o interesse de
trabalhar com fármacos e fitoterápicos ?
L: O
que me motivou a fazer Farmácia foi poder produzir produtos,
trabalhar com cosméticos, tanto que eu só comecei mesmo a trabalhar
nessa área aqui na Unesp desde o meu pós-doutorado, vendo uma
tendencia de crescimento mundial nas pesquisas de fármacos e o fato
de o Brasil possuir uma incrível biodiversidade.
DB: Qual
sua opinião sobre o curso de Engenharia Biotecnológica, e o que
você acha da formação de Engenheiro Biotecnológico?
L: É
perceptível a diferença do curso desde a sua mudança de nome,
tanto no objetivo do curso como no perfil dos alunos. Atualmente,
acredito que o curso tenha um foco industrial ainda amplo para
diversas áreas. Então acredito que meu papel como professora também
é fazer os alunos se verem no mercado trabalhado divido essas
diversas opções.
Acredito
que estamos no caminho certo, mas devemos entender que no campus os
discentes e professores formam um grupo com objetivo de
desenvolvimento do curso. Na minha opinião, a união desse grupo
implica nas limitações de até onde podemos ir com o curso.
DB: Na
sua opinião, qual o diferencial do curso de Engenharia
Biotecnológica da Unesp Assis?
L: Acredito
que seja o intendimento da biodiversidade, devido a utilização de
produtos naturais valorizando a riqueza vegetal que existe no nosso
pais, pensando em todos as possibilidades de exploração desses
produtos como fármacos, bioinseticidas, bioetanol dentre outros. Ou
seja, a utilização de produtos para fins industrias com princípios
ativos naturais.
DB: Qual
sua opinião sobre a Biotec Júnior ?
Eu
pude acompanhar a muito tempo a empresa e percebo que ela possui uma
boa organização e encontra-se especializada atualmente. Acredito
que a empresa seja de extrema importância para o curso, devido sua
capacidade de aproximar a comunidade, as empresas e os próprios
alunos tirando o aluno da função de aluno e atribuindo a ele a
responsabilidade de um profissional.
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