Microtia é uma doença congênita, na qual há uma malformação ou ausência completa da orelha (mostrado na imagem). Para reconstruir a orelha, o paciente, que geralmente é uma criança ou adolescente, passa por várias cirurgias nas quais é retirado cartilagem das costelas do deste e nesse tecido é cuidadosamente esculpido uma orelha por um cirurgião e então esta é implantada no paciente. Além dessa cartilagem retirada das costelas não se regenerar, as várias cirurgias acabam desgastando o paciente e a família e deixam cicatrizes no peito do paciente, que acaba incomodando alguns deles.
Para evitar tanto transtorno, médicos do hospital Great Ormond Street, em Londres, criaram um método no qual basta retirar uma pequena amostra de gordura do paciente, extrair células-tronco dessa amostra e cultiva-las, depois essas células são colocadas em um molde e são adicionados produtos químicos para transformar as células em cartilagem e tomarem o formato de uma orelha que pode ser implantada sob a pele do paciente.
Alguns modelos já foram criados com essa técnica e estão passando por testes de segurança, que já mostraram que as células produzidas não são cancerígenas e que não há riscos do corpo rejeitar o implante. Com a aprovação do material também poderão ser feitos implantes de nariz, que podem ser danificados em cirurgias para retirada de tumores. O próximo passo é aperfeiçoar a técnica e a escolha do material inicial, para quem sabe, até mesmo recriar ossos com a mesma técnica.
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