quarta-feira, 28 de maio de 2014

Cientistam reprogramam células epiteliais em nervosas

Neurônio induzido
      Pesquisadores do Reino Unido conseguiram converter células epiteliais em células nervosas maduras e funcionais, que agem como células encontradas no corpo humano (podendo também usá-las como modelos melhores no estudo de doenças degenerativas como o Parkinson e o Alzheimer).
   Alguns anos atrás, pesquisadores mostraram como um grupo de proteínas chamado “fatores de transcrição” regulam a divisão e diferenciação de células-tronco. Estudos mais recentes revelam que adicionando essas proteínas a células epiteliais, elas são capazes de se reprogramarem para outro tipo de células, incluindo as nervosas. Essas células transformadas foram chamadas de “neurônios induzidos” porém, até hoje, apenas pequenas quantidades de neurônios induzidos conseguiram ser formados por esse método.
     “Quando você reprograma uma célula, você a converte de uma forma para outra porém frequentemente essas células terminam o processo parecendo-se mais com células provenientes de embriões que de fato células maduras”, diz Anna Philpott, da Universidade de Cambridge. “Para aumentar nosso entendimento de doenças como o Alzheimer, precisamos ser capazes de trabalhar com células que se parecem e funcionem como aquelas que veríamos em indivíduos que desenvolveram a doença”.
       Estudando como os nervos se formam, Philpot e alguns colegas encontraram uma maneira de acelerar a maturação dessas células nervosas: eles manipulam os sinais que os fatores de transcrição enviam para as células, promovendo diferenciação e maturação.
              O time foi capaz de produzir mais células nervosas por engenharia de proteínas que não podem ser modificadas por células de fosfato (um processo chamado fosforilação). Adicionando esses fatores de transcrição “não-fosforiláveis” às celulashumanas, eles conseguiram criar células maduras adultas que podem servir como modelo para desordens cerebrais relacionadas à idade.
             Para ler os achados originais, publicados essa semana na revista Development, clique aqui.

terça-feira, 27 de maio de 2014

Descomplicando o Vestibular : 10 dicas para o vestibular


É sempre difícil saber como se preparar para uma prova de vestibular. Sabemos que cada prova tem sua especificidade, mas tentaremos mostrar 10 dicas aplicáveis para a maioria dos  vestibulares.
Cabe ressaltar que não existe uma receita a ser seguida para conseguir passar em uma prova de vestibular, porém existem técnicas e dicas que podem resultar em um melhor desempenho.    
Uma pesquisa do Guia do Estudante nos mostra as seguintes dicas:

  1. Começar a prova pelas matérias que você sabe(Tenha mais facilidade). 
  2.  Desenvolver um esquema de estudo que tenha a ver com você, lendo, fazendo resumos, resolvendo exercícios, assim se consegue ter uma alta qualidade de estudo.
  3. Uma prova bem feita exige, além de conhecimento, um bom preparo psicológico, para não ficar nervoso na hora da prova e acabar tendo o temido "branco".
  4. Reproduzir a matéria com as próprias palavras é uma boa forma de fixar e aprender.
  5. Não faltar em nenhuma aula e sempre fazer os exercícios propostos.
  6. Conseguir ter uma leitura crítica.
  7. Aproveitar todas as fontes de informação que nos cercam, como jornais, revistas e blogs, e sempre se manter atualizado. 
  8.  Entender que o vestibular não é o fim do mundo e que ele é igual para todos.
  9. Saber que pode mudar de curso é fundamental para não encarar o vestibular como um bicho de sete cabeças.
  10. Ter em mente que alguma educação é melhor que nenhuma: sempre tenha um plano B.

Como utilizar as dicas :

Saber as dicas é o primeiro passo, porém devemos pensar em como executa-las. De modo geral, precisamos ter disciplina, organização e dedicação para o seguimento das dicas.

Para o desenvolvimento de esquemas de estudo(dica 2), segundo a Universia podemos elaborar um resumo, com os seguintes passos : 
  1. Compreender o tema.
  2. Conhecer a estrutura do tema ou texto (ideias principais e secundárias).
  3. Sublinhar a informação mais importante.
  4. Fazer um rascunho, para depois desenvolver uma revisão de trabalho.
  5. Fazer correções eliminando palavras desnecessárias e comentários.
Após a montagem de um esquema de estudo, podemos prosseguir com a 4° dica. Dessa forma utilizaremos os resumos com base para a memorização dos conteúdos estudados. Com isso, conseguimos um bom preparo em relação ao conteúdo que deve ser estudado. Além disso, devemos levar em conta a preparação antes, durante e depois do vestibular. Antes da prova, devemos seguir as dicas 3,5,6 e 7 que se aplicam tanto instantes antes da prova, como durante o tempo de estudo. Durante a prova, devemos seguir principalmente a dica 1, para que possamos adquirir mais segurança no decorrer da prova. Por ultimo e não menos importante, devemos pensar no "após a prova", e para eles temos a dica 8,9,10 que nos mostram que o vestibular não é um processo que só pode ser realizado uma vez, e sim apenas um meio de conseguir caminhar para o meio universitário. 

"Tudo o que um sonho precisa para ser realizado é alguém que acredite que ele possa ser realizado." Roberto Shinyashiki

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Cientistas modificam árvores para facilitar produção de papel e biocombustível

Cientistas modificaram árvores geneticamente para que seja mais fácil a produção de papel  e de biocombustíveis.

Segundo eles, isso significa que será necessário usar menos produtos químicos e menos energia, além de liberar menos poluentes no meio ambiente.

Embora essa seja uma boa notícia, ativistas ambientais alertam para o risco que essas “arvores moles” podem trazer para as outras árvores do meio ambiente.

Essas novas árvores são justamente chamadas de árvores moles porque não contém lignina (ou contém pouca lignina), que é uma parte substancial da parede celular da maioria das plantas e dificulta o processamento da madeira para a fabricação de papel e biocombustíveis.

Atualmente é necessário retirar a lignina para que os processos sejam realizados e isso demanda mais tempo e dinheiro além de poluir mais ainda o meio ambiente devido ao uso de produtos químicos.

A solução apresentada pelo Dr. Mansfield e sua equipe consiste em utilizar a engenharia genética para modificar a lignina, tornando-a mais fácil de quebrar. Eles descobriram um gene de uma planta que muda a consistência do polímero e implantaram esse gene em outra árvore.

A questão da lignina já foi pesquisada anteriormente, porém só conseguiu-se chegar a árvores mais fracas geneticamente.

Essa ideia pode revolucionar o método de fabricação de papel e de biocombustíveis que temos hoje, porém ainda existem muitas coisas a serem estudadas antes que essa técnica seja implementada.


Para saber mais sobre essa notícia, clique aqui.

domingo, 25 de maio de 2014

Vacina da malária, uma realidade próxima

Um grupo de pesquisadores dos Estados Unidos, descobriu que algumas crianças na Tanzânia, têm uma imunidade contra o parasita da malária, e que elas produzem um anticorpo que ataca o parasita, anulando seus efeitos.

O que eles fizeram, foi injetar tais anticorpos em alguns ratos, e o resultado surpreendeu, mostrando que os ratos foram protegidos da doença.

Há uma necessidade de que o experimento passe para uma próxima etapa, capaz de realmente se mostrar efetivo na produção das vacinas, e para isso, é preciso que se inicie os testes em macacos e seres humanos, e mesmo assim os cientistas mantém o pé no chão, pois sabem que o parasita é um inimigo feroz, devido aos milhares de anos de evolução.

Os pesquisadores iniciaram suas pesquisas com um grupo de 1.000 crianças da Tanzânia, e retiraram amostras de seus sangues durante os primeiros anos de suas vidas, para então descobrir que 6% dessas amostras, se mostraram imunes ao ataque do parasita, ou seja, essa pequena porcentagem de crianças, havia desenvolvido uma imunidade contra a doença.

Os passos seguintes, constituíram em descobrir qual era o anticorpo específico que as crianças imunes produziam, o que foi de grande importância para que eles então descobrissem que esses anticorpos atacavam o parasita em uma etapa chave do seu desenvolvimento. 
O anticorpo aprisiona o parasita nas células das hemácias.

A ação desses anticorpos é simples, porém eficaz, pois eles aprisionam as células parasitais em hemácias, impedindo com que essas células explodam e espalhem a doença.
Através das vacinas nos ratos, os pesquisadores se animaram com os resultados, pois a vacina se mostra eficiente. Eles ressaltam porém, que muitos testes ainda devem ser feitos, para que possa haver uma confirmação de sua total eficácia.
Para maiores informações sobre o assunto, clique aqui para a notícia completa.

sábado, 24 de maio de 2014

Pesquisadores descobrem composto mais eficaz contra doença de chagas

Grupo de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), em São Carlos, descobriram uma forma de deixar o tratamento contra a doença de Chagas mais eficaz e com menos sofrimento ao paciente. Após 15 anos de estudos, este grupo desenvolveu um composto capaz de inibir a enzima do Trypanosoma cruzi, protozoário responsável pela patologia, e impedir que o parasita se desenvolva no organismo.

Hoje em dia, existem apenas dois medicamentos que são capazes de amenizar os sintomas da doença, que ainda não tem cura. O objetivo dos pesquisadores é desenvolver um medicamento com princípio ativo mais seletivo que minimize os efeitos colaterais, agindo apenas nas regiões afetadas pelo parasita.

A equipe inseriu o composto desenvolvido em contato com as células infectadas pelo
Trypanosoma cruzi. A meta era matar os parasitas bloqueando a proteína, impedindo que exerça sua principal função. A partir de agora o composto será testado em animais. Caso a enzima do protozoário seja completamente eliminada, a previsão é que em cinco anos possa existir um novo medicamento para combater a doença.


Para saber mais sobre o assunto, clique aqui.

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Diário de um Engenheiro: Tratamentos endoscópicos para o enfisema pulmonar

Inovadoras técnicas endoscópicas para o tratamento do enfisema pulmonar vêm sendo aprofundadas desde o ano 2000Estas técnicas advêm da cirurgia redutora de volume pulmonar, uma das principais formas de tratamento para pacientes em estágio avançado da doença, juntamente com o transplante pulmonar. Os novos tratamentos são minimamente invasivos e incluem técnicas de remodelamento biológico (cola biológica e vapor) e técnicas com dispositivos reversíveis (válvulas e coils).

O enfisema pulmonar causa um aprisionamento de ar no interior dos pulmões do paciente, provocando hiperinsuflação e levando a falta de ar e a limitação na realização de exercícios diários quando a doença atinge seu estágio mais avançado. Apesar de os novos tratamentos não curarem a doença, os mesmos podem ser recorridos em casos avançados de enfisema pulmonar, permitindo ao portador uma melhor qualidade de vida ao amenizar seus sintomas. 

A técnica mais conhecida no Brasil é a de utilização de válvulas, introduzida em 2007 pelos coordenadores do Núcleo de Tratamento do Enfisema do Hospital Moinhos de Vento, Dr. Hugo Goulart de Oliveira e Dr.Amarilio Vieira de Macedo Neto, em Porto Alegre - RS, e recentemente acessível no Hospital Albert Einstein em São Paulo. 

Válvula brônquica
O tratamento se inicia com a broncoscopia - uma endoscopia respiratória que possibilita a visualização da parte interna das vias respiratórias - iniciando-se na laringe e terminando nos brônquios. Com o auxílio de um broncoscópio, são introduzidas e anexadas de duas a quatro válvulas brônquicas, comumente, nos pulmões do paciente. Estas válvulas fazem com que enquanto ocorre a respiração, o volume de ar nas áreas afetadas pelo enfisema diminua - evitando seu aprisionamento - e assim possibilitando que as partes mais saudáveis exerçam um melhor funcionamento, apurando a respiração e a realização de exercícios. 

As válvulas não causam dor, sua inserção dura cerca de uma hora e não há necessidade de anestesia. As mesmas podem ser substituídas por novas quando o médico achar necessário. Antes da implantação das válvulas são realizados exames para avaliar a função pulmonar e estudar a localização e a quantidade de válvulas exata a serem utilizadas. Após a operação o paciente permanece em observação por cerca de 3 dias, totalizando aproximadamente uma semana de permanência hospitalar. Além disso, tem continuidade uma reabilitação pulmonar.

O tratamento com válvulas brônquicas, assim como a cirurgia redutora de volume, só é indicado em casos avançados de enfisema, que podem terminar em um transplante pulmonar. Pelo fato de a cirurgia apresentar um índice alto de mortalidade, cerca de 5%, e ser muito invasiva, podendo causar alterações renais ou doença cardíaca, as novas técnicas permitem tratamentos com menos riscos aos pacientes e uma maior autonomia a estes, além de ser uma alternativa ao transplante de pulmão. 


Referências

HOSPITAL MOINHOS DE VENTO. Núcleo de Tratamento do Enfisema: Apresentação. Rio Grande do Sul, 2010. Disponível em
<www.hospitalmoinhos.org.br/content/especialidades/apresentacao-especialidade.aspx?d=134>.
OLIVEIRA, Hugo G. de; OLIVEIRA, Silvia M. de; NETO, Amarilio V. de Macedo. Tratamento endoscópico do enfisema/Bronchoscopic treatment of emphysema. Pulmão RJ, Rio de Janeiro, 20(2): 2-7, 2011. Disponível em
<www.vidadiagnostics.com/clinical_studies/docs/BronchoscopicTreatmentEmphysema.pdf>
SOCIEDADE BENEFICENTE DE SENHORAS HOSPITAL SÍRIO LIBANÊS. Conheça o Programa de Tratamento Endoscópico do Enfisema. São Paulo, 2012. Disponível em <www.hospitalsiriolibanes.org.br/Informes/2012/5-Maio/18-05-12/nota-4.html>.

Bruno Pereira

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Células nervosas funcionais produzidas a partir de células da pele

Pesquisadores da Universidade de Cambridge descobriram um novo método para gerar células nervosas maduras de células da pele pode melhorar muito o entendimento de doenças neurodegenerativas como o Alzheimer e o Parkinson.

Os pesquisadores enquanto estudavam como as células nervosas se desenvolviam em girinos acharam uma forma de acelerar o processo de maturação das células nervosas humanas.

As células criadas por esse método tem as mesmas características das células maduras encontradas no corpo, fazendo delas assim modelos muito melhores de doenças relacionadas a idade, e também melhoram o teste de novas drogas.

E se melhorado suficientemente esse método poderia ser usado para transplante de células nervosas em pacientes com doenças neurodegenerativas.

Recentemente descobriram um método para transformar células da pele em células nervosas adicionando proteínas a elas, mas esse método geram muito poucas células e elas não são totalmente funcionais, o que atrapalha na análise dessas doenças neurodegenerativas.

Manipulando sinais de transcrição a equipe conseguiu promover a diferenciação e maturação celular, mesmo havendo sinais para a célula continuar a divisão.

Quando as células estão se dividindo, fatores de transcrição podem ser modificados com fosfatos, mas isso limita o quão bem essas células maturam. Mas com a alteração das proteínas onde elas não podem mais serem alteradas com fosfatos os pesquisadores descobriram que podiam maturar melhor as células, e assim as tornas melhores modelos para doenças como o Alzheimer

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segunda-feira, 19 de maio de 2014

Bactérias com nanopartículas formam "materiais vivos"

Uma equipe de engenheiros do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), dos Estados Unidos, induziram a incorporação de materiais nanométricos inertes, como pontos quânticos e nano partículas de ouro, em bactérias.

A ideia é combinar as funcionalidades do material inerte com a célula viva. Enquanto a célula viva é capaz de realizar seu metabolismo, produzindo moléculas complexas, respondendo à estímulos ambientais, etc, o material inerte conduz a eletricidade e emite luz.

A aplicação mais imediata que envolve esses estudo englobam a produção de células solares mais eficientes, materiais que se autoconsertam e sensores para diagnósticos de doenças.

O coordenador desse trabalho inovador, professor Timothy Lu, afirma que a ideia é "a união  dos mundos vivo e não-vivo para fazer materiais híbridos que contenham células vivas funcionais".

A bactéria escolhida para o estudo foi a E. coli, por produzirem naturalmente um biofilme que contêm as chamadas fibras curli, proteínas amilóides que ajudam a E. coli a se fixar em superfícies. Cada fibra curli consiste em uma corrente de subunidade repetidas da proteína CSGA, podendo ser modificada pela adição de peptideos. Esses peptídeos são os que possibilitam a incorporação dos materiais inertes ao biofilme produzido pelas E. colis.

Através de manipulação genética, as bactérias passaram a produzir diferentes tipos de fibras curli sob condições determinadas do ambiente, dessa maneira, é possível controlar as propriedades do biofilme. Por exemplo, biofilmes de ouro, eletricamente codutores e filmes cravejados de pontos quânticos, utizado, por exemplo em semicondutores na construção do LED.

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sábado, 17 de maio de 2014

Ressonância Magnética Nuclear em Alimentos

A ressonância magnética nuclear (RMN) é utilizada na medicina no diagnóstico de doenças cerebrais, musculares e ósseas, desde os anos 80. Esse uso medicinal está sendo transferido para outras áreas, como por exemplo, a área alimentícia, onde a realização do RMN possibilita descobrir se uma fruta está doce ou não, se um produto é realmente light ou se está adulterado. Vários estudos do pesquisador Luiz Alberto Colnago, da Embrapa Instrumentação, unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) localizada em São Carlos, interior de SP, mostram essa utilidade que pode futuramente ser utilizada comercialmente.

O problema é que esses estudos são realizados em aparelhos semelhantes aos usados na medicina, cujo custo é muito elevado (pode chegar à casa de milhões de dólares). O que Colnago fez foi desenvolver métodos e equipamentos de RMN com baixo custo para análises não invasivas de alimentos in natura ou embalados.


Assim como qualquer outro aparelho de ressonância magnética, os desenvolvidos por Colnago e sua equipe são compostos por um ímã, uma estação de transmissão e recepção de ondas de rádio e um computador. A estação transmissora e receptora de ondas de rádio foi importada dos Estados Unidos e uma antena foi desenvolvida por Colnago. Os produtos analisados podem estar embalados, desde que não material metálico ou tetra pak, materiais que não permitem a passagem das ondas de rádio. O ímã magnetiza o produto, enquanto a antena envia as ondas de rádio geradas por um transmissor AM para a amostra. Os resultados são obtidos pois os núcleos atômicos de cada elemento químico do material absorvem energia em uma frequência específica, sendo assim possível a diferenciação química e bioquímica dos componentes.

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sexta-feira, 16 de maio de 2014

Testes com substâncias de coral destroem superbactéria hospitalar

O coral orelha-de-elefante (Phyllorgorgia dilatata), espécie existente apenas na costa brasileira, é capaz de controlar uma das superbactérias com maior resistência a antibióticos, o KPC (Klebsiella pneumoniae carbapenemase).

Superbactérias são bactérias patogênicas que com uso indiscriminado de antibióticos, sofrem ao longo do tempo, um processo de seleção natural, adquirindo multirresistência a diversos antibióticos. Sua propagação em ambientes hospitalares é a principal consequência dessa seleção, sendo assim, sua disseminação é facilitada por pacientes que já possuem outras doenças.

A superbactéria KPC adquiriu essa resistência a antibióticos devido a mutação genética da qual sofreu, além disso, possui a capacidade de tornar-se resistente à outras bactérias. Essa bactéria é encontrada em fezes, no solo, em vegetais, na água, em frutas e cereais e sua transmissão é feita através do contato com as secreções de um indivíduo infectado, quando nos hospitais as normas básicas de desinfecção e higiene não são respeitadas. A KPC é responsável por causar infecções sanguíneas, no trato urinário e em feridas cirúrgicas que podem evoluir para uma infecção generalizada e, além disso, pneumonia.

Outras moléculas retiradas de animais como corais e esponjas que combatem outras bactérias, mas não o KPC. Pesquisadores de Ciências Genômicas e Biotecnologia da Universidade Católica de Brasília e do Projeto Coral Vivo realizaram testes em outras seis espécies, escolhidas pelas características desses animais, que por provavelmente possuírem barreiras química, sobrevivem à alta competitividade no ambiente marinho.

Não se sabe se a substância é capaz de combater essa superbactéria é originária do coral ou de uma bactéria que vive associada a ele, relata Clovis Castro, biólogo e coautor da pesquisa.

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domingo, 11 de maio de 2014

Anticorpos contra o câncer

Em 2012, pesquisadores do Instituto Butantan e da empresa Recepta Biopharma geraram uma linhagem de células que produz um anticorpo monoclonal chamado RebmAb 200 que possui um grande potencial para o combater o câncer. “Pela primeira vez no Brasil linhagens celulares com alta produtividade e estabilidade foram obtidas para anticorpos monoclonais recombinantes" diz Ana Maria Moro, professora que lidera a equipe de pesquisa.

Os anticorpos monoclonais são um produto biotecnológico que reconhecem e se ligam de forma seletiva a determinadas moléculas na superfície dos tumores, caracterizadas como antígenos. Com isso, podem agir diretamente na célula tumoral ou ativar o sistema imunológico dos pacientes que passa a combater os tumores, sendo assim mais eficiente que a químio e radioterapia, que atingem tanto células cancerígenas quanto sadias.

Os estudos com o RebmAb 200 iniciaram no Instituto Ludwig de Pesquisa contra o Câncer, de Nova York, onde foram feitos testes em camundongos. A empresa brasileira Recepta obteve os direitos e firmou um acordo com o Ludwig para pesquisar, desenvolver, realizar testes clínicos e comercializar quatro anticorpos. Depois formou-se uma parceria com o Instituto Butantan para que os anticorpos pudessem ser desenvolvidos em formato humanizado que é a adaptação às características dos anticorpos do homem, além de serem clonados em grande escala laboratorial. Após muitos testes, clonagens e seleções, foram escolhidos três que apresentaram potencial para tratamento de cânceres de ovário, rim e pulmão

“As células que geramos aqui foram enviadas para uma empresa na Holanda que realizou a produção em larga escala em condições de manufatura para uso clínico. O que se espera é que a citotoxicidade verificada em ensaios seja efetiva quando injetada em pacientes”, afirmou Moro. Mesmo que, identificar anticorpos monoclonais e reproduzi-los é uma tarefa difícil, cara e demorada, não é algo totalmente incomum, no mundo já existem 30 medicamentos com anticorpos monoclonais aprovados para uso comercial. Desses, 13 são para cânceres e os restantes estão relacionados principalmente a doenças autoimunes e à rejeição em transplantes.

Veja a reportagem completa aqui.

sábado, 10 de maio de 2014

"Gelo de fogo": fonte de energia ou de preocupação?

É cada vez maior o esforço em busca de alternativas aos hidrocarbonetos tradicionais - petróleo, carvão e gás natural - seja porque eles são poluentes, seja porque sua extração tem-se tornado mais difícil.
Um substituto potencial que vem ganhando atenção é o hidrato de metano, encontrado em enormes quantidades sob o permafrost - o solo gelado do Ártico - ou os leitos dos oceanos.

Porém, apesar de potencialmente menos poluente que petróleo e carvão, sua extração apresenta enormes riscos ambientais.
Conhecido como "gelo que arde", o hidrato de metano - mais rigorosamente um clatrato de metano (CH4*5.75H2O) - é constituído por cristais de gelo com gás preso em seu interior.
Esses cristais são formados a partir de uma combinação de temperaturas baixas e pressão elevada e são encontrados no limite das plataformas continentais, onde o leito marinho entra em súbito declive até chegar ao fundo do oceano.
Ao reduzir a pressão ou elevar a temperatura, a substância simplesmente se quebra em água e metano - muito metano.
Um metro cúbico do composto libera cerca de 160 metros cúbicos de gás, o que o torna uma fonte de energia altamente intensiva. Por causa disso, da sua oferta abundante e da relativa facilidade para liberar o metano, um número grande de governos está cada vez mais animado com essa nova fonte de energia.
Acredita-se que as reservas dessa substância sejam gigantescas - a estimativa é de que haja mais energia armazenada em hidrato de metano do que na soma de todo petróleo, gás e carvão do mundo.
O problema, porém, é extrair o hidrato de metano. Além do desafio de alcançá-lo no fundo do mar, operando sob altíssima pressão e baixa temperatura, há o risco grave de desestabilizar o leito marinho, provocando deslizamentos.
Uma ameaça ainda mais grave é o potencial escape do metano. Extrair o gás de uma área localizada não é tão complicado, mas prevenir que o gás hidratado se quebre e libere o metano no entorno é mais difícil.
E isso tem consequências sérias para o aquecimento global - estudos recentes sugerem que o metano é 30 vezes mais forte que o CO2 em termos de efeito estufa.
Por causa desses desafios técnicos, ainda não há escala comercial de produção de hidrato de metano em qualquer lugar do mundo.
Mas alguns países estão chegando perto.

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sexta-feira, 9 de maio de 2014

Embrapa possui o 3º maior banco genético do mundo


Em comemorações pelos 41 anos da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) foi inauguradoem Brasília,  um prédio com mais de 2 mil metros quadrados para abrigar o que deverá ser o maior banco genético da América Latina.  

O prédio de dois pavimentos faz parte da infraestrutura da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia e tem capacidade para abrigar até 750 mil amostras de sementes, 10 mil vegetais in vitro 200 mil amostras vegetais, animais ou de microrganismos mantidas a 180 ºC negativos por meio de nitrogênio líquido, além de laboratórios.

 Maurício Lopes, presidente da Embrapa, tem ressaltado que, quanto mais cresce o interesse por diversificação e agregação de valor à agricultura, na forma de novos alimentos, fibras, biomateriais e outras matérias-primas aplicáveis à indústria, mais o melhoramento genético se voltará para a biodiversidade, em busca da diversificação de espécies, sistemas e processos. "Os recursos genéticos são a base da pesquisa e o pilar central da agronomia brasileira", disse Maurício na cerimônia de inauguração.

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